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Presidente da Mangueira nega críticas sobre troca de Jamelão por patrocínio

UOL

No centenário de Jamelão, a Mangueira abriu mão de homenagear seu maior intérprete. A missão ficou com o Unidos do Jacarezinho, na Série A - grupo de acesso. Mas o cantor foi uma ausência sentida nos dois dias de desfiles do Grupo Especial. No domingo, dia 10, o portelense Diogo Nogueira levou a polêmica para a Sapucaí, ao criticar a Mangueira por trocar Jamelão por Cuiabá, enredo patrocinado. Na segunda, os mangueirenses rebateram. Mesmo que indiretamente.

O presidente da Verde a Rosa, Ivo Meirelles, lembrou a homenagem do Jacarezinho e disse que a notícia de que Jamelão seria homenageado não passou de boato.

"Não sei quem falou isso (homenagem a Jamelão). É mentira. Nunca foi essa ideia. A homenagem sempre foi para o Delegado (ex-mestre-sala da Mangueira, morte no ano passado). Ele sempre esteve muito próximo de mim e está fazendo muita falta", disse Meireles. "O problema é que as pessoas só gostam de holofote. O Jamelão e Mangueira estiveram presentes no Jacarezinho", concluiu.

O intérprete Luizito preferiu não comentar a declaração de Diogo, mas se mostrou surpreso. "Me admira muito o Diogo criticar", disse.

Mas Luizito rebateu outra crítica de Diogo, sobre o que o filho de João Nogueira chamou de "industrialização" do Carnaval e a preferência dos enredos patrocinados no lugar de homenagens a personalidades, sobretudo do samba.

"O Carnaval tem sempre que evoluir, nunca diminuir. Isso (buscar patrocínio) já acontece em várias atividades, como o futebol. Por que não com as escolas de samba?", questionou.

O intérprete disse que ainda sonha cantar um samba em homenagem a Jamelão, mas fez uma ressalva em tom de brincadeira: "Não sei se ele aprovaria".
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