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Pedro Taques se regozija com ato público que pede renúncia de Renan

Da Redação - Rodrigo Maciel Meloni

O senador Pedro Taques (PDT) acompanhou de perto a entrega de uma petição assinada por 1,6 milhões de cidadãos que pedem a imediata renúncia de Renan Calheiros (PMDB/AL) da presidência do Senado Federal. O abaixo-assinado, feito via internet, foi entregue aos senadores Pedro Taques - derrotado por Calheiros na eleição que escolheu o último como presidente da Casa, Cristovam Buarque (PDT/DF), Randolfe Rodrigues (PSOL/AP), Pedro Simon (PMDB/RS) e Aloysio Nunes (PSDB/SP).

Com o propósito de reunir 1,4 milhão de assinaturas - equivalente a 1% do eleitorado brasileiro, a petição surgiu visando apresentar projeto de lei de iniciativa popular que culminasse com a renúncia do parlamentar. Caso ocorra, será a segunda vez que Renan terá que optar por abrir mão da presidência para não perder o mandato como senador.

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Em 2007 – em seu segundo mandato como senador, Renan foi obrigado a renunciar a presidência, amedrontado pela eminência de cassação do seu mandato. A gravidade das acusações que recaiam sobre ele colocaram grande parte dos congressistas e da opinião pública contra a continuidade de Calheiros no Senado.

Na época em que os escândalos envolvendo Calheiros vieram à tona, a imprensa apelidou o episódio de Renangate – em alusão ao famoso caso envolvendo o presidente norte-americano Richard Nixon.

O senador foi acusado de receber ajuda financeira de lobistas ligados a construtoras, que teria pago despesas pessoais, como o aluguel de um apartamento e a pensão alimentícia de uma filha do senador com a jornalista mineira Mônica Veloso.

Pedro Taques fez questão de se pronunciar a respeito do ato público. “Acontecimentos como esse servem para mostrar o quanto a população tem força para propor mudanças. O importante é que nós possamos nos manifestar. Quero parabenizar o movimento e dizer que não podemos esquecer que o cidadão tem voz, foi ele quem nos colocou aqui”, apregoou o senador mato-grossense.

Auxiliadora, a Secretaria da Mesa Diretora do Senado aconselhou os manifestantes a tomar as medidas cabíveis, informando que o processo de saída do presidente deve começar com uma denúncia no Conselho de Ética da Casa, e não como um projeto de lei.

Ativistas devem protocolar no Supremo Tribunal Federal (STF) pedido para que o ministro Ricardo Lewandowski acelere a análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Renan, transformando-a em inquérito no Supremo.

Antes da entrega das assinaturas aos senadores, um grupo de cerca de 30 pessoas estendeu no gramado da Esplanada dos Ministérios uma réplica da bandeira do Brasil com inscrições que fazem referência à petição: "1,6 milhão dizem: Fora Renan! Será que o Senado vai ouvir?".

Com informações da Assessoria/Pedro Taques
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