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MT vira trilha de pesquisador de renome internacional e ganhará capítulo em livro ; veja fotos

Da Redação - Priscilla Silva

Museu de Pré-história Casa Dom Aquino Cuiabá recebe a visita de um dos maiores arqueólogos em atuação no país. Natural da França, André Pierre Prous Poirier é um pesquisador de renome internacional e veio à Cuiabá para dar sequência a uma pesquisa que dará origem a 3º edição de seu livro “Arqueologia Brasileira”. A obra que foi escrita entre 1980 e 1981 e publicada em 1992, agora contará com a inclusão de achados no pantanal mato-grossense. André Prous esteve na Casa Dom Aquino nessa quinta-feira (23), onde fez a análise e avaliação do material arqueológico guardado no museu.

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O volume, Arqueologia Brasileira, é um dos principais livros sobre o assunto no país e teve a sua segunda edição publicada em 2002, pela Editora da UNB. Em sua nova edição Mato Grosso torna-se um dos pólos de pesquisa, realidade que antes não existia.

Essa mudança é destacada pela pesquisadora e única arqueóloga em atuação no Estado, Suzana Hirooka. “Hoje a Casa Dom Aquino é um ponto de referência a pesquisadores de renome, o que antes não existia.  Antes as pessoas vinham aqui coletavam arqueologia e levavam material do Mato Grosso para a França, por exemplo, e agora a realidade mudou. Hoje o material está agregado ao museu e podemos receber com qualidade de informação pesquisadores de renome, como André Prous”.

Um novo panorama da arqueologia será sintetizado na 3º edição do livro, Arqueologia Brasileira, com previsão de lançamento para 2015. Pesquisador ilustre e com uma vida toda dedicada ao trabalho da arqueologia está a mais de 40 anos no país. Ele explicou ao Olhar Direto qual foi a motivação o trouxe até a capital do Estado.

“Escrevi esse material em 1980 e 1981, mas ele só foi publicado em 1992, então ele já nasceu velho e desde então a arqueologia se desenvolveu muito e sobretudo tem áreas que não eram conhecidas e passaram a ser estudadas, particularmente, estados como de Rondônia, Mato grosso, Mato Grosso do Sul e todos os estados do oeste e também do norte, lugares que não tinham pesquisa e que hoje se concentra o maior número de arqueologia do Brasil”, afirmou André Prous.

Diversas mudanças ocorreram desde o lançamento da 2º edição de seu livro, por essa razão, o arqueólogo recorreu a uma série de viagens pelo país para a atualização de sua obra.

“Toda essa mudança veio muito rápido e fiz essa viagem para consultar os colegas o que eles podem me passar como informações que muitas vezes são inéditas”, declarou o pesquisador.

Dessas questões inéditas, André Prous adiantou a inclusão de um capítulo que trata do pantanal mato-grossense. “Nessa edição terá o capitulo sobra o pantanal mato-grossense que antes não tinha porque simplesmente não existia arqueologia no pantanal, a Suzana, por exemplo, há vinte e 30 anos não estava aqui. Então não tinha praticamente nada, apenas um ou outro pioneiro com pouco recurso, e que o se sabia alguma coisa pontual, agora está se juntando muito mais informações e já está na hora de se fazer uma síntese, porque tudo é novo”, avaliou.

Dentre as especializações de André Prous está os povos caçadores-coletores e o estudo de artefatos de pedra. Ele também desenvolveu pesquisas sobre arte rupestre e sobre as populações ceramistas responsáveis pela tradição pré-histórica Tupiguarani.
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