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Comissão de Ética pede explicações a Adams sobre sindicância da AGU

G1



A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu nesta segunda-feira (25) pedir informações ao Advogado-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, sobre o relatório elaborado por uma sindicância que investigou seu suposto envolvimento em um esquema de fraudes em órgão públicos deflagrado em novembro de 2012 pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.

Segundo reportagem da edição deste sábado (23) do jornal “Folha de S. Paulo”, o relatório produzido pela sindicância da própria AGU apontou "evidentes indícios" de irregularidades contra Adams. As condutas do ministro, ainda de acordo com a reportagem, foram consideradas suspeitas e apontam para “atuação/omissão irregular”. No entanto, ainda de acordo com a reportagem, a Corregedoria da AGU decidiu arquivar o relatório.

O presidente da Comissão de Ética, Américo Lacombe, disse que, além de Adams, a comissão vai pedir informações também do corregedor-geral da AGU, Ademar Passos Veiga. Conforme a reportagem, Veiga foi o responsável por determinar o arquivamento do relatório, 17 dias após sua conclusão.

“Mandei intimar todo mundo para que preste informações. A ele e ao corregedor”, afirmou Lacombe após a reunião. Adams e Veiga terão 10 dias para prestar esclarecimentos à comissão a partir da data de notificação.

Lacombe esclareceu que a comissão ainda não abriu processo contra Adams e evitou responder se o arquivamento de uma sindicância pode ser considerado grave. “Achei uma notícia como outra qualquer. Nós vamos ver agora se ela é verdadeira ou não”, disse. “Qualquer denúncia que venha, nós vamos pedir explicações. Não há nenhum juízo de valor”.

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