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Justiça reintegra diretor de sindicato da USP ao cargo; decisão pode ser revista

Folha Online

Momentos depois de conceder uma liminar --decisão temporária-- reintegrando Claudionor Brandão,52, ao cargo de servidor da USP (Universidade de São Paulo), a juíza Maria Aparecida Vieira Lavorini, da 26ª Vara do Trabalho de São Paulo, analisa documentos fornecidos pela universidade que poderão mudar sua decisão.

O Tribunal Regional do Trabalho informou que não há um prazo para uma eventual nova decisão.

A USP foi comunicada da decisão na manhã desta segunda-feira. A assessoria de imprensa solicitou que fosse enviado um mail para prestar informações a respeito, entretanto, até por volta das 15h ele não havia sido respondido.

Brandão trabalhava na Prefeitura do campus Butantã da USP e foi demitido em dezembro de 2008 pela reitora Suely Vilela. Um dos cabeças do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) e da atual paralisação --que hoje completa 42 dias-- ele já fez 12 greves e prega revolta armada.

Confronto

A readmissão de Brandão integra a pauta das reivindicações dos funcionários grevistas da USP. Os ânimos se acirraram na semana passada ao ponto de gerar um confronto entre a PM e estudantes na terça-feira (9).

Na ocasião manifestantes teriam atacado os policiais militares com pedras e paus. O sindicato de funcionários, entretanto, nega que os manifestantes tenham iniciado e diz que a PM que deu início à briga ao atirar bombas de efeito moral. Os DCE também afirmou que a manifestação era pacifica.

De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) o portão 1 de acesso à USP --localizada na rua Alvarenga-- chegou a ser bloqueado pelos manifestantes por mais de uma hora. Porém, por volta das 19h a via havia sido liberada, informou o órgão.

Os manifestantes pedem a reabertura das negociações com o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) e a retirada da PM do campus da USP.

Os grevistas querem reajuste salarial de 16%, mais R$ 200 fixos, além do fim de processos administrativos contra servidores e alunos que participaram de protesto anterior --que resultou em dano ao patrimônio.

As negociações entre o Cruesp e o Fórum das Seis estão paradas desde 25 de maio. Na ocasião, um grupo de estudantes invadiu a reitoria após os reitores impedirem parte dos alunos e um sindicalista de participar da reunião.
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