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EUA e México assinam acordo para combater violência na fronteira

Folha Online

Os governos dos Estados Unidos e do México assinaram nesta segunda-feira um acordo para fortalecer com mais agentes, tecnologias e controles fronteiriços, o combate à violência do tráfico de drogas sem atrapalhar o fluxo legal de pessoas e comércio na fronteira entre os dois países.

O convênio foi assinado pela secretária de Segurança Nacional dos EUA, Janet Napolitano, e o ministro da Fazenda do México, Agustín Carstens.

Durante uma entrevista coletiva, eles explicaram que o pacto, que dá continuidade a outro assinado em 2007, se apoia em três pilares: o fortalecimento da cooperação na segurança fronteiriça; a capacitação de mais agentes alfandegários no México e a agilização dos trâmites na fronteira.

Ambos deixaram claro que não haverá tolerância com a corrupção dos agentes alfandegários que, pressionados ou ameaçados pelos cartéis do tráfico de drogas, façam vista grossa para permitir o contrabando de narcóticos, armas e dinheiro.

A troca comercial entre EUA e México, cuja maior parte se dá pela via terrestre, totalizou US$ 367 bilhões (R$ 706 bilhões) em 2008, segundo o Escritório do Representante de Comércio Exterior americano (USTR, na sigla em inglês).

Uma das preocupações é que o reforço das inspeções e a vigilância na zona possam atravancar o comércio transnacional, devido às longas filas que se formam nos pontos de controles.

No entanto, Napolitano minimizou essas críticas ao dizer que as inspeções serão feitas tanto por agentes alfandegários nos EUA, como por seus colegas no México, porque se trata de uma tarefa 'conjunta'.

O tráfico de armas e de dinheiro dos EUA ao México, que nutre os cartéis de drogas, foi identificado pelo governo do presidente mexicano Felipe Calderón como um dos principais obstáculos da luta contra as organizações criminosas.

As guerras entre os cartéis pelo controle das rotas de tráfico deixaram mais de 7.700 mortos no México desde o início de 2008, e causou preocupação nas autoridades americanas sobre a possível migração da violência através da fronteira.
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