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Renan diz que não se constrange com protestos 'democráticos'

G1

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou ao G1 no dia 26 de fevereiro que não se constrange com as manifestações contra a permanência dele na presidência do Senado. Segundo o senador, os protestos são "legítimos" e resultado da luta pela democracia.

“Não constrange, é democrático, é legítimo. Nós trabalhamos pela democracia. Nós lutamos tanto para que essas coisas pudessem acontecer”, disse o senador.

Manifestantes protestaram contra Renan em diversas capitais do país, como Rio de Janeiro, São Paulo, Aracaju e Maceió. Além disso, uma petição pública organizada pela internet já recolheu mais de 1,6 milhão de assinaturas pela saída de Renan da presidência do Senado.

“Você tem duas maneiras de participar da política, de trabalhar para melhorar o país. Uma delas é reclamando, protestando, fazendo o que todos nós fizemos como dirigentes estudantis em diferentes momentos. A outra é você se dispondo a entrar na política partidária, mais convencional, e disputar uma eleição”, declarou o senador.

Para o presidente, os atuais manifestantes podem entrar para a política e fazer parte dos parlamentos no futuro. “Nós vamos, daqui a alguns anos, ter o prazer de contar com essas pessoas que hoje estão fazendo essas manifestações de rua nos parlamentos. E aí será uma coisa complementar”, declarou.

Na última quarta-feira (6), parlamentares enviaram uma carta ao Supremo Tribunal Federal pedindo celeridade na análise de denúncia contra o senador feita pela Procuradoria-Geral da República. Renan foi denunciado em janeiro no STF pelo suposto uso de notas fiscais frias para justificar rendimentos pessoais, mas ele nega a acusação.

Também na quarta, um grupo de cerca de 30 pessoas estendeu no gramado da Esplanada dos Ministérios uma réplica da bandeira do Brasil com a seguinte inscrição: "1,6 milhão dizem: Fora Renan! Será que o Senado vai ouvir?"

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