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Operação contra milícias estoura paiol e centrais clandestinas de TV a cabo

G1

O chefe de Polícia Civil, delegado AllanTurnowski, afirmou nesta terça-feira (16), que o objetivo da segunda etapa da Operação Têmis é desarticular financeiramente as milícias que atuam na Zona Oeste do Rio. Foram desmantelados um paiol de armas e granadas, centrais clandestinas de TV a cabo e depósitos ilegais de gás.

Na manhã desta terça-feira, segundo a assessoria da Polícia Civil, um dos dois policiais civis foragidos se apresentou. Na primeira etapa da operação, 45 pessoas foram presas.

Turnowski disse ainda que os policiais apreenderam várias vans que faziam transporte irregular de passageiros.

“Quem está rodando de van clandestina está sendo apreendido, quem não está rodando, está tendo prejuízo. Esse é o objetivo da operação, asfixiar a estrutura financeira das milícias”, disse o delegado.

Comércio paralelo

A Secretaria estadual de Segurança estima que só o comércio paralelo de gás movimente mais de 50 mil botijões por mês nas regiões de atuação das milícias. Já as ligações clandestinas de TV chegariam a 100 mil na região.


A operação, segundo a Secretaria, deve durar pelo menos 30 dias. Após esse prazo, será feito um balanço e a ação de fiscalização poderá ser prorrogada por outros 60 dias.


Além de 200 policiais, também participam da ação funcionários do Detro, Detran, Secretaria municipal de Ordem Pública, Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado do Rio de Janeiro (Sirgaserj), Rio Ônibus (Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro) e Net Rio S/A.

Grupos desarticulados

Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, a primeira etapa da operação deu um duro golpe no principal grupo de paramilitares do Rio, que atuava em Campo Grande, na Zona Oeste.

“Não podemos afirmar que o grupo acabou, que não existe mais, mas ela praticamente se esvai com a prisão dessas pessoas” disse o secretário, ressaltando que o grupo seria responsável por cerca de 70% das ações de milicianos que atuam no estado.

Ele disse ainda que, com as prisões, estão sendo elucidados aproximadamente 30 homicídios praticados pela quadrilha naquela região.

“Era um grupo que dominava pelo menos 1,2 milhão de pessoas. O que direcionou nossa investigação para lá foi justamente o potencial criminoso desse grupo. Era o mais desafiador, o que mais achincalhava o povo do Rio de Janeiro e o que mais demonstrava poder e força”, afirmou.
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