Sondagem do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostra que representantes da indústria, comércio, serviços e dos trabalhadores continuam apreensivos quanto à crise econômica. A pesquisa, no entanto, que houve uma melhora das expectativas desde o início do ano.

Trata-se da quinta edição dessa pesquisa, iniciada em janeiro, e preparada a partir das respostas de 115 entidades, sobre quatro temas: contas nacionais, parâmetros econômicos, desempenho das empresas e aspectos sociais.

O levantamento do Ipea mostra os representantes da sociedade ainda apreensivos em três dessas temas, mas um pouco mais confiantes a respeito dos parâmetros econômicos, a saber, taxa de câmbio, taxa de juros e inflação.

Há preocupação a respeito do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto e das exportações. Os representantes de empresários e trabalhadores também estão apreensivos com a utilização da capacidade já instalada nas companhias, com a margem de lucro e contratação. Há apreensão ainda com a massa salarial e aspectos da sociedade como pobreza, desigualdade e violência.

FGV

O número de empresas que não pretende realizar investimentos em 2009 quase dobrou na comparação com 2008, e os que vão investir deverão empregar menos recursos, apontou a Sondagem de Investimentos da Indústria divulgada hoje pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Segundo a pesquisa, realizada entre os meses de abril e maio, o índice de empresas que disseram não ter investimentos previstos atingiu 26%, contra apenas 14% no ano passado. O volume é similar ao de 2004 e é o menor desde 2003, quando foi de 28%.