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'Meu marido não é assassino’, diz mulher de sócio da boate Kiss

R7

A mulher de um dos sócios da boate Kiss, Elissandro Spohr, o Kiko, prestou depoimento à polícia de Santa Maria (RS), na tarde de terça-feira (19). Nathália Daronch falou com a imprensa na saída e disse que não é casada com um assassino.

— Eu estou grávida, o nome da minha filha é Maria Luiza e meu marido não é um assassino. Ele não queria matar nenhuma das pessoas que estavam lá. Muito menos eu e minha filha.

Além de Nathália, o chefe da Guarda Municipal que trabalhou no resgate das vítimas no dia do incêndio também foi ouvido. Ele informou que foram fornecidas imagens para ajudar nas investigações.

A Polícia Civil confirmou que recebeu o último laudo da perícia produzido pela polícia de Porto Alegre. O documento confirmou que ocorreu a liberação de três gases tóxicos durante a queima de espuma no incêndio.

Agora, os cinco delegados que atuam no caso trabalham para concluir o inquérito e enviar o processo ao Ministério Público até sexta-feira (22). Nenhum investigador quis antecipar quantas pessoas devem ser indiciadas.

Desde o dia 28 de janeiro, dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira — o vocalista Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor musical Augusto Bonilha Leão — estão presos , assim como os dois sócios da Kiss, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann.

A casa noturna estava superlotada na noite da tragédia, segundo o Corpo de Bombeiros. O incêndio provocou pânico e muitos não conseguiram acessar a única saída da boate. Os proprietários do estabelecimento não tinham autorização dos bombeiros para organizar um show pirotécnico na casa noturna. O alvará da casa estava vencido desde agosto de 2012.

Esta é considerada a segunda maior tragédia do País depois do incêndio do Grande Circo Americano, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. Em 17 de dezembro de 1961, o circo pegou fogo durante uma apresentação e deixou 503 mortos.

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