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Mauri diz que está pronto para confronto e que ‘nunca se apegou a nenhum cargo público’

Da Redação - Rodrigo Maciel Meloni

A respeito do pedido de afastamento do secretário Estadual de Saúde, Mauri Rodrigues, protocolado nesta segunda-feira (25) pelo Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria da Justiça e Cidadania de Cuiabá, junto à Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular, por suposto descumprimento a ordem judicial, o gestor disse estar tranquilo e que não se ‘apega a cargos’.

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O secretário disse ainda que entende e respeita o posicionamento do MP, mas que está preparado para o confronto. “É preciso compreender uma coisa: o Ministério Público apenas abriu uma discussão judicial, discussão esta que a Justiça ainda não julgou”, falou Mauri, em tom de posicionamento.

O secretário apelou para a clareza com que o governo trata suas contas, e lembrou que todo cidadão pode acessar os valores pagos pela administração aos sues fornecedores. “Não descumpri medida judicial nenhuma”.

“Já exerci diversos cargos na administração pública e nunca me apeguei a nenhum; sei que estou fazendo o meu melhor e que não cometi erro nenhum”, declarou Mauri. A medida tomada pelo MP visa impedir que o Estado priorize o pagamento de Organizações Sociais de Saúde em detrimento de prefeituras.

O pedido foi feito pelo promotor Alexandre Guedes, baseado em reportagem do jornal Circuito Mato Grosso – Edição 431 – cujo teor revela que o Estado já pagou somente este ano R$ 37 milhões às Organizações Sociais de Saúde (OSS) enquanto deixou de repassar R$ 42 milhões às prefeituras do interior em 2012.

O valor é contestado pelo secretário. “Eu paguei somente R$ 13 milhões às OSSs durante a minha gestão”. Mauri dá a entender que houve algum engano na interpretação dos dados existentes no extrato do Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças do Governo Estadual de Mato Grosso (Fiplan), dados que deram origem á matéria.

Acusação

O promotor Alexandre Guedes declarou ao jornal que o Estado vem repassando milhões às referidas organizações sociais, ao mesmo tempo em que mantém os débitos com os municípios, consórcios intermunicipais e prestadores de serviços. “O que se nota é que o Estado de Mato Grosso ignorou a ordem judicial de deixar de priorizar as organizações sociais, merecendo, portanto, a resposta deste juízo”, salientou.

Segundo o promotor, o governador Silval Barbosa (PMDB) chegou a anunciar o parcelamento da dívida com os prefeitos em quinze dias, diluindo o restante em pagamentos mensais até o final de 2013. “Verifica-se, portanto, que ao mesmo tempo em que o Estado diz não ter dinheiro para pagar os municípios, faz repasses de milhões às organizações sociais, conforme demonstra o extrato do Fiplan”, ponderou.
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