Imprimir

Notícias / Educação

Universitários lembram morte de estudante na ditadura e pedem mais investimentos na educação

De Barra do Garças - Ronaldo Couto

Estudantes de Mato Grosso participam da jornada de lutas para em memória do aluno secundarista Edson Luís, morto com um tiro no peito em 1968 durante a ditadura militar. Esse ano, a jornada aborda a necessidade de se ter mais investimentos na educação brasileira. Os universitários do campus da UFMT de Barra do Garças realizavam uma caminhada pela cidade, terça-feira (26). 

Seis alunos da UFMT são presos e mais de dez ficam feridos em confronto com a PM

Os universitários levaram faixas e cartazes onde pedem 10% do Produto Interno Brasileiro (PIB) que seja investido na educação cujo percentual hoje é muito pequeno. Seriam necessários, segundo os acadêmicos, que 50% do fundo social do pre-sal e 100% dos royalties do petróleo para se ter melhoria nas escolas e universidades.

Sem saber o que realmente estava ocorrendo populares que vieram a manifestção no centro deram força e alguns até seguraram cartazes incentivando os alunos. 

O presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Estácio Chaves, destacou que somente com mais investimentos na educação é que o governo brasileiro vai conseguir mudar de fato a vida dos brasileiros. A participação foi aberta a todos, principalmente para os alunos da UFMT, escolas de ensino médio e das universidades privadas.

A jornada nacional de lutas é organizada pela UNE, UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e ANPG (Associação Nacional dos Pós Graduandos) todo ano no mês de março em homenagem a Edson Luís. Ele foi morto em 28 de março de 1968 enquanto protestava no restaurante universitário Calabouço contra o aumento no preço da refeição.

Em Mato Grosso, a jornada deve acontecer ainda nos campus de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Cáceres até o dia 1 de abril. Veja como foi a manifestação em Barra do Garças nas fotos da acadêmica de jornalismo, Graci de Sá. 
Imprimir