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Goleiro da seleção de pólo aquático dá continuidade à trajetória do pai

SporTV

Nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, uma família carioca pode fazer história no pólo aquático. Na sala do advogado André Campos estão memórias importantes dos seis anos em que defendeu a meta da seleção brasileira, com participações no Pan de San Juan (79) e também no de Caracas (83). Mas a medalha mais importante é a de participação na Olimpíada de Los Angeles, em 1984, na última vez em que a seleção esteve nos Jogos. Em 2016, a família pode estar representada novamente no gol da equipe.

Pouco tempo depois dos Jogos de 1984, André parou de competir e começou a trabalhar como advogado, mas ainda tinha o grande desejo de passar adiante a experiência olímpica. Ele começou a levar o filho, ainda criança, para a piscina, e deu certo. Aos 17 anos, Bernardo Campos é goleiro da seleção brasileira juvenil de polo aquático. No início, ele não gostava da posição.

- De cara não gostava, só que era ruim na linha, aí todo mundo me jogava para o gol sempre, e acabei gostando - relembra Bernardo, que conquistou no mês passado, junto com a seleção, o título do Sul-Americano Juvenil de esportes aquáticos.

O jovem atleta deixa qualquer rebeldia de lado e diz escutar bastante o pai.

- Ele foi um grande goleiro e é um ídolo para mim. Tem que escutar tudo o que ele fala, não diz nada errado, ele jogou uma Olimpíada.

Como sede da Olimpíada em 2016, o Brasil tem vaga garantida no polo aquático. Falta a Bernardo garantir a vaga de titular no time. Com uma mão do passado, ele vai construindo o próprio futuro.

- É o sonho da minha vida (disputar a Olimpíada). Mas tem que correr atrás, vir todos os dia treinar, e focado, porque a disputa é muito grande. Tem goleiros muito bons (no Brasil).

André Campos não esconde o orgulho que tem do filho e promete, mesmo fora da água, ajudar nas defesas de Bernardo.

- Como pai é um sentimento maravilhoso, do pai que conseguiu realizar, além daquele sonho do atleta, um sonho maior de se projetar no filho. Mesmo na arquibancada vou estar junto com ele agarrando junto.
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