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Bolt diz 'até logo' ao Rio, mas deixa planos de aposentadoria e futebol

Globo Esporte

As roupas da moda, o relógio caro, a coleção de carros e a quantidade de ouro acumulada em inúmeras vitórias escondem a história simples de Usain Bolt. A infância simples foi marcada por corridas pelos campos de grama alta do vilarejo rural de Sherwood Content, cidade natal do jamaicano de 26 anos. Com o dinheiro ganho em sua primeira grande competição, comprou uma máquina de lavar roupas para sua mãe, Jennifer. Se o velocista tivesse nascido no Brasil, a corrida provavelmente seguiria a trajetória da bola nas ruelas de alguma favela do país e ele traçaria, quem sabe, o caminho de um Neymar ou um Ronaldo Fenômeno para vencer. O jeito irreverente, a inocente malandragem e o gingado na dança parecem diminuir ainda mais a distância entre o ídolo do atletismo e o país de Pelé. Ou do velocista e o jogador de futebol.

Nos últimos quatro dias, o jamaicano se aproximou mais do Brasil e do povo brasileiro. Estrela do evento "Bolt Contra o Tempo", quando venceu a prova dos 150m rasos na Praia de Copacabana, no domingo, o homem mais rápido do mundo não se cansou de elogiar as praias, as mulheres e o futebol do país. Chegou ao Rio dizendo que queria conhecer Neymar e se arriscou até em uma partida de futevôlei.

Em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM, Bolt contou sobre sua vontade de encerrar a carreira justamente na Cidade Maravilhosa, nas Olimpíadas de 2016, revelou a conquista na pista da qual ainda sente falta e, principalmente, falou sobre um dos assuntos de que mais gosta: futebol. Acostumado a desafiar o tempo, o bicampeão olímpico quer, daqui a três anos, desafiar também a lógica e se tornar rival dos ídolos Cristiano Ronaldo e Neymar nos campos.
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