O Brasil fechou, entre 2006 e 2012, mais de 40 mil leitos no Sistema Único de Saúde (SUS). O alerta foi feito nesta quarta-feira (3.4) pelo líder da Minoria na Câmara, deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), durante audiência pública conjunta das comissões de Seguridade Social e Família; de Fiscalização Financeira e Controle; e de Defesa do Consumidor da Câmara com o ministro da Saúde Alexandre Padilha.

“A saúde só não está na UTI por falta de leitos. Para se ter uma idéia do caos, há mais de dez anos não há reajuste da tabela nos laboratórios”, alertou o parlamentar.

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As críticas do PT foram contundentes. Segundo Leitão, deputados e senadores fizeram um acordo com o poder executivo e alocaram, cada um, R$ 2 milhões de suas emendas, estimadas em R$ 15 milhões, para a área da saúde e o governo federal empenhou apenas 30% destes valores.

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“Isso significa que todas estas emendas são recursos para os municípios brasileiros lá do interior. É um raio–x, um ultrassom, é a ampliação dos leitos do SUS, é o atendimento aos municípios onde o povo mora. Simplesmente não foi atendido nem 30% dos repasses às prefeituras”, argumentou.

O deputado lembra que o acordo foi imposto pelo governo obrigando que parte deste recurso fosse colocado na saúde.
“Não foi por livre vontade do parlamentar. O governo mentiu para a população brasileira”, acrescentou.

Leitão afirmou ainda que o financiamento da saúde pública do governo representava 60% da despesa corrente líquida há 15 anos e hoje representa 40% desta despesa.

“É claro que tem que estar o caos na saúde quando o governo reduz investimentos do setor”, conclui.