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Casos de superbactéria preocupam pacientes em Santa Maria, RS

G1

A contaminação de três pacientes pela superbactéria KPC no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), na Região Central do Rio Grande do Sul, deixou pacientes e a equipe de profissionais em alerta. Mas segundo a direção do hospital, não há motivo para pânico. A melhor forma de se prevenir é manter os cuidados básicos de higiene.

Os três casos foram confirmados na quinta-feira (04). Um dos pacientes segue internado em isolamento. Outro homem teve alta em janeiro e segue o tratamento em casa. E uma mulher, que também foi contaminada, morreu no fim do mês passado por causa de outras doenças.

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, só este ano 129 pacientes foram contaminados pela superbactéria no Rio Grande do Sul. Ela é chamada assim por ser mais resistente a antibióticos e costuma surgir em ambientes hospitalares, onde o uso desse tipo de medicamento ocorre com maior frequência.

Pacientes que procuraram o atendimento nos hospitais da cidade na manhã desta sexta-feira (05) não esconderam o receio. “É um risco que tomo mundo está correndo”, comentou o servente de pedreiro Claiton Garcia da Rosa.

No HUSM, os funcionários reforçaram as medidas de prevenção. “A gente procura ter cuidado. Andar sempre com as mãos limpas e toda vez que entrar em contato com os pacientes manter a higiene das mãos”, diz a técnica em radiologia, Maristela Schmidt.

De acordo com a infectologista Jane Costa, manter cuidados básicos de higiene é a melhor forma de se prevenir da contaminação pela bactéria. A principal forma de transmissão é através do contato com secreções de pacientes internados. Não há risco de transmissão pelo ar.

“A recomendação é manter a higiene das mãos, usar álcool nas mãos, e respeitar os cuidados básicos de higiene. É importante também evitar o uso de antibióticos desnecessariamente”, explica a médica.

A superbactéria KPC pode provocar infecção pulmonar, urinária ou em feridas cirúrgicas. Mas os sintomas podem evoluir até uma pneumonia ou infecção generalizada. O microorganismo está presente normalmente na flora digestiva dos indivíduos. Os problemas ocorrem quando há desequilíbrio entre a quantidade de bactérias e a imunidade dos pacientes.

“Ela é só mais uma bactéria resistente, que as pessoas inicialmente se colonizam e depois manifestam síndrome infecciosa, dependendo das condições delas. O fato de ela estar presente não implica na necessidade ou urgência de tratamento. A gente trata o paciente e não a bactéria”, explica a infectologista.

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