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Notícias / Ciência & Saúde

Em crise financeira, Santas Casas pedem maiores repasses ao SUS

G1

A situação financeira das Santas Casas e de hospitais beneficentes está delicada. A rede de hospitais que atende a mais de 3 milhões de pessoas por ano gratuitamente alega que não recebe dinheiro suficiente do Sistema Único de Saúde (SUS) e que, por isso, correm o risco de fechar. Somente a Santa Casa de São Paulo já acumula uma dívida de R$ 250 milhões.

As Santas Casas alegam que, em 2011, gastaram R$ 14,7 bilhões em atendimentos do SUS, e que só receberam o repasse de R$ 9,6 bilhões.

“Para cada R$ 100 que cada investido na saúde, o que nós recebemos do governo cobre 60%. Os outros 40%, as instituições têm que buscar na sua população, para poder continuar dando um atendimento e ter as portas abertas para atender aos usuários do Sistema Único de Saúde”, explica Edson Rogatti, da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes de São Paulo.

Segundo Rogatti, o valor pago pelo SUS para procedimentos idênticos varia e pode ser até seis vezes maior nos hospitais federais do que nos beneficentes. Em nota, o Ministério da Saúde respondeu que o pagamento é feito de acordo com uma tabela de valores prevista pela legislação do SUS.

Nesta segunda-feira (8), hospitais beneficentes de todo o país fizeram uma paralisação para chamar a atenção para o assunto. No Rio Grande do Sul, mais de 5 mil procedimentos deixaram de ser feitos. Em Santa Catarina, cerca de mil cirurgias foram canceladas. Na Bahia, os 56 hospitais da rede só atenderam aos casos de emergência.
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