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Pedro Taques lamenta atrasos em obras da Copa do Pantanal e critica cancelamento de teleférico

Da Redação - Ronaldo Pacheco

O cancelamento das obras do teleférico de Chapada dos Guimarães e a revitalização do bairro do Porto, entre outros, ocupou parte do pronunciamento do senador mato-grossense Pedro Taques (PDT), na noite desta segunda-feira (08/04), ao lamentar os atrasos de obras para a realização da Copa do Pantanal Fifa 2014 em Cuiabá. Ele listou algumas obras que foram caneladas por falta de tempo e recursos, entre elas, o teleférico ligando a Capital até Chapada dos Guimarães, que seria transformada na ‘Meca do turismo’, no Estado.

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O senador pedetista entende que a sociedade mato-grossense sofre duras perdas, com tais medidas. “Três anos depois de lançar o edital para a construção do teleférico, o Governo do Estado decide simplesmente ‘enterrar’ a obra. Como se já não bastasse o cancelamento, o Governo, numa mistura de falta de planejamento e incompetência administrativa, perde quase R$ 600 mil reais”, afirma Taques. Ele argumenta que o valor pago à empresa que apresentou o projeto básico para execução da obra não será devolvido aos cofres públicos.

Pedro Taques desta que, com graves prejuízos à Capital, também foram canceladas a revitalização do Bairro do Porto, onde haveria um planetário, um aquário gigante, e um shopping popular; e as obras civis destinadas à segurança pública, com previsão de um novo Centro de Comando e Controle, Complexo da Politec, delegacias, batalhões da Polícia Militar e dos Bombeiros e uma Base Comunitária.

“Infelizmente, alguns entendem que fiscalizar seja sinônimo de atrapalhar. Fiscalizar é um dever constitucional de todo servidor público, sobretudo de um Senador da República. Não cabe a um senador construir obra de mobilidade, essa é uma atribuição do Executivo”, destacou.

Em seu pronunciamento, lembrou ainda que a Arena Pantal deveria ter ficado pronta em dezembro do ano passado, a um custo de R$ 342 milhões. A conclusão da obra, no entanto, foi adiada para o próximo mês de outubro e a previsão de custos passou para R$ 519 milhões. Ele alertou que, para terminar em outubro, o índice de evolução das obras precisará ser triplicado.

“Falta transparência, gestão e compromisso com o cidadão”, afirmou Pedro Taques, acrescentando que não se pode permitir a repetição do que ocorreu nos Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro, em 2007, quando o custo final ficou em R$ 4 bilhões, ou dez vezes a previsão inicial e 12 vezes a média de gastos das quatro edições anteriores dos Jogos.

O senador voltou a citar dados do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, segundo os quais 90% das obras para a Copa estão atrasadas. Destas, dez sequer foram iniciadas, como o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), com custo previsto de R$ 1,477 bilhão.

Pedro Taques aproveitou o pronunciamento para homenagear Cuiabá pelos seus 294 anos, completados nesta segunda-feira (08/04). Ele citou versos do poema “Tipos Populares”, de Moisés Martins, popularizado nas vozes de Pescuma, Henrique e Claudinho, respeitado trio da música mato-grossense.
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