Imprimir

Notícias / Educação

Alunos da PUC-Rio criam página que serve de 'cupido' para casais de pilotis

G1

Formar um casal no pilotis da PUC-Rio se tornou a missão de dois alunos de Comunicação Social. Para isso, criaram a página "Spotted: PUC-Rio" no Facebook, onde recebem mensagens de alunos apaixonados e republicam o conteúdo cheio de indiretas para a pessoa amada de forma anônima. Se a ficha cair para o destinatário e ele entrar em contato com o perfil-cupido, eles ajudam a unir o casal. Criado pela dupla que prefere se identificar apenas como GC e TC, já tem mais de 10 mil usuários. O número é mais da metade de alunos matriculados na universidade e foi alcançado em pouco mais de uma semana desde a criação.

O sucesso inspirou faculdades de todo o Brasil. Só no Rio de Janeiro, já existe uma página específica só para o bairro do Leblon, além de quatro com a mesma finalidade na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). No Rio Grande do Sul, Paraná, Maranhão e Santa Catarina, a ideia ganhou uma versão regional. Apesar do pioneirismo dos alunos da PUC-Rio no Brasil, o hábito foi importado da Europa, para onde uma das criadoras cariocas viajou para fazer intercâmbio. Lá, o cupido on-line funciona até para linhas de trens.

No Spotted PUC-Rio, as mensagens se multiplicam em número equivalente a quantidade de fãs. São mais de 50 publicações diárias, mas ainda não há notícia de nenhum casal formado. Provavelmente, graças à discrição dos pombinhos. "Já tem muita gente se encontrando. Nossa principal motivação é formar um casal oriundo da página. Teve um cara que deu carona para uma moça, se declarou e ela respondeu. Várias meninas mandam recados levando a sério, mas nem todo mundo que se encontra nos informa o que aconteceu", disse um dos criadores, que garante escolher somente as cantadas sinceras. Haja paciência, entre as mais de 500 que recebem por dia.

Dentre as mensagens, há espaço para brincadeiras de alunos e até mesmo de professores, que falam sobre o cotidiano na faculdade. Apesar do bom humor, os criadores da página investigam as mensagens e evitam mandar textos falsos. Um exemplo: amigos que fingem ser uma certa menina para iludir um colega. "Nem pensar, mas uma ou outra deve passar". Assim, evitam "consequências desagradáveis". Tampouco publicam linguajar impróprio, garante TC.

O anonimato dos dois criadores, inclusive, é para que se mantenha a seriedade da página, apesar das piadas. "Nossos amigos não sabem que somos os administradores. Eles ou qualquer outra pessoa poderiam se sentir envergonhados".

Se a decisão de revelar quem são os criadores é irreversível, o mesmo não se pode dizer sobre transformar o perfil num negócio. "Já recebemos proposta de estágio, criação de aplicativos e de uma festa com o nome do perfil. Agora não queremos nada disso, mas podemos mudar de opinião", garantiu.
Imprimir