As corretoras de câmbio trocaram o dólar comercial por R$ 1,973 nesta quinta-feira, o que significa um acréscimo de 0,45% sobre a cotação final de ontem. Na praça paulista, o dólar turismo foi vendido por R$ 2,100, alta de 0,96%.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em leve queda de 0,11%, aos 51.026 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,86 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,68%.

"Nós temos visto uma pressão muito grande por um dólar mais forte no curto prazo. O governo tem interesse, por causa da balança comercial, e realmente, a taxa de câmbio mais próxima de R$ 2 é benéfica para todos: para os exportadores, e mesmo para os bancos", comenta Mauro Araújo, da mesa de operações da corretora Vision.

Além de seu habitual leilão de compra, o Banco Central também avisou os agentes financeiros que vai consultar o mercado sobre a possibilidade de renovar os contratos de "swap" cambial que vencem no dia 1º de julho. Esses papéis, que pagam a diferença entre a variação de dólar e juros. Segundo corretores, o mercado deve aceitar a oferta de rolagem do BC.

Juros futuros

As taxas de juros projetadas no mercado futuro da BM&F caíram no contratos que vencem no ano de 2010. A ata do Copom (Comitê de Política Monetária) divulgada hoje mostrou que o BC vê uma inflação sob relativo controle nos próximos meses.

Para analistas, a autoridade monetária sinalizou que continua disposta a relaxar a política de juros do país, mas em ritmo mais moderado na comparação com o primeiro semestre do ano. Economistas do setor financeiro projetaram cortes entre 0,25 ponto e 0,50 ponto percentual como resultado da reunião de julho. A taxa Selic atual é de 9,25% ao ano.

No contrato que projeta as taxas para janeiro de 2010, a taxa prevista recuou de 8,87% ao ano para 8,86%; para janeiro de 2011, a taxa projetada avançou de 9,86% para 10,12%.