A ministra de relações Institucionais Ideli Salvatti antecipou durante o Encontro Nacional com Novos Prefeitos realizado em Cuiabá nesta semana que o Governo Federal deve lançar novas isenções de impostos, o que reflete diretamente no montante de recursos federais repassados às cidades.

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O motivo das recorrentes isenções é a tentativa de manter o aquecimento da economia no momento de crise mundial. Apesar da queda na arrecadação, a ministra afirma que os convênios dos municípios com o Governo Federal são fundamentais para não prejudicar as cidades.

Foi justamente para incentivas e instruir os prefeitos de Cuiabá que o encontro foi realizado. Mesas e estandes foram instalados para orientar os prefeitos de Mato Grosso sobre como acessar recursos federais.

“Nós estamos aqui em parceria com o Governo do Estado de Mato Grosso, com a Associação Mato-Grossense dos Municípios, para viabilizar que todos os programas que o Governo Federal desenvolve em inúmeras áreas, na educação, na saúde, habitação, Minha Casa Minha Vida, desenvolvimento local, estradas vicinais, que todos esses programas possam ser acessados, que as Prefeituras possam fazer os convênios e obter os recursos e desta forma devolver á população dos municípios mato-grossenses a arrecadação que é feita ao pagar seus impostos”, assegurou.

O próprio governador Silva Barbosa (PMDB) já se queixou do reflexo das isenções de imposto no Estado. Em matéria publicada no Olhar Direto em novembro, o peemedebista falopu sobre o assunto. “A [isenção da] linha branca e IPI está refletindo no estado, só ai dá mais de R$ 70 milhões a menos para o estado. Você tem que adequar a tudo isso”, declarou, ao falar de atrasos nos repasses à saúde..

Logística travada

Apontados como um dos grandes problemas para o desenvolvimento de Mato Grosso, a logística também foi alvo de atenção da ministra na passagem por Cuiabá. “O Governo do Estado de Mato Grosso tem no governo da presidente Dilma toda a parceria necessária para a gente destravar, não podemos mais continuar na lógica ultrapassada e esgotada de que tudo o que é produzido aqui no Centro-Oeste continue escoando pelo já atravancado no Porto de Santos e de Paranaguá, temos que cada vez mais caminhar pelas saídas de alternativas do norte, saída pelo pacífico e isso só se da com soma de esforços, Governo federal, estadual, programa de ferrovias, hidrovias”, declarou.