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Notícias / Educação

USP tem 28,5% de novos alunos oriundos de escolas da rede pública

G1

Dos mais de 10 mil calouros que passaram no vestibular da Fuvest e entraram na Universidade de São Paulo (USP) neste ano, 28,5% estudaram em algum momento da vida em escola pública. Essa porcentagem vem crescendo há quatro anos, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (22) pela Pró-Reitoria de Graduação, mas ainda não superou os 30,2% registrados em 2009. No último ano, o crescimento foi pequeno, de 28% para 28,5%.

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DA REDE PÚBLICA QUE INGRESSAM NA USP

2008


26,5%

2009


30,2%

2010


25,8%

2011


26,2%

2012


28%

2013


28,5%

Fonte: Pró-Reitoria de Graduação/USP

De acordo com a pró-reitora de Graduação, Telma Zorn, há uma série de fatores que influenciam os resultados do programa de inclusão oferecido pela instituição (Inclusp). O aumento do número de vagas oferecidas pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), do governo federal, é uma das questões citadas pela professora para afastar estudantes da rede pública da USP. "Às vezes o capital social da família não é suficiente para entender a diferença entre se formar na USP e se formar em universidades particulares", explicou ela em entrevista nesta segunda.

O número absoluto de estudantes de escola pública inscritos no vestibular da Fuvest tem crescido de maneira consistente nos últimos anos. Em 2013, 53.241 participantes do Inclusp fizeram a prova, e 43.636 compareceram à prova.

O Inclusp é voltado a estudantes que fizeram o ensino médio na rede pública. Já o Programa de Avaliação Seriada da Universidade de São Paulo (Pasusp) foi criado para atender aos estudantes que fizeram todo o ensino básico em escola pública. Segundo a pró-reitora, o número de participantes do Pasusp na Fuvest cresceu de 3.479 em 2010 para 22.531 em 2013. Desse grupo, 16.481 fizeram a prova da primeira fase do vestibular.

Processo de reescolha
A pró-reitora de Graduação afirmou que a criação do processo de reescolha na Fuvest contribuiu para a redução do número de vagas não-preenchidas no vestibular. O sistema permite que um candidato inscrito em uma carreira e não convocado nas três primeiras chamadas possa optar por outra carreira que ainda tenha vagas em aberto.

Em 2013, após as oito chamadas da Fuvest, apenas 79 das 10.093 vagas oferecidas no processo seletivo não foram ocupadas. A porcentagem (0,71%) é a menor em cinco anos, segundo os dados divulgados pela USP.

"A reescolha de fato conseguiu o preenchimento quase total de vagas", afirmou Telma Zorn. As vagas remanescentes serão remanejadas em processos de transferência interna e externa.

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