Imprimir

Notícias / Esportes

Árbitro queniano alega impotência após agressão e processa federação

SportV

A violência contra árbitros parece ter tomado proporções extremas. Além do caso na Indonésia no qual um juiz teve o nariz quebrado após levar um soco de um jogador, um árbitro abriu um processo no Quênia contra a federação de futebol do país. Martin Wekesa Wamalwa alega ter ficado impotente após ser agredido por um assistente técnico durante um jogo e busca seus direitos na Justiça.

Clique e assista a imagens da agressão e uma entrevista do árbitro

- O que quero é a compensação na quantia de 20 milhões de xelins quenianos (equivalente a R$ 490 mil) como recompensa pela negligência da federação queniana de futebol - afirma Wamalwa.

O caso de agressão ao árbitro aconteceu durante a partida entre os rivais Admiral e Sparki Youth, em setembro passado, pela primeira divisão do campeonato nacional, na cidade de Mombaça. Segundo o árbitro, o assistente técnico do Sparki Youth, Daudi Kajembe, agarrou seus testículos e os apertou com violência, deixando-o incapaz de cumprir suas funções sexuais.

- Depois de mostrar o segundo cartão amarelo, como aviso para o cartão vermelho para o Sparki Youths, jogadores e a comissão técnica invadiram o campo e me atacaram. Tentei me defender como pude, mas não consegui. Fui chutado, socado e um dos assistentes técnicos, Daudi Kajembe, veio até mim e atacou minhas partes íntimas, puxou meus testículos. Eu estava pendurado nele enquanto ele me puxava. Eu estava chorando e não conseguia me livrar das mãos dele - relembrou Wamalwa.

Após a agressão, o árbitro de 42 anos sentiu fortes dores e foi levado ao hospital, onde foi diagnosticado com uma torção testicular crônica. Kajembe chegou a ser preso mais tarde e nesta quinta-feira deve comparecer ao tribunal para responder às acusações de agressão contra o árbitro.

De acordo com a declaração apresentada pelo advogado de Wamalwa, o ex-árbitro "sofre incapacidade permanente e não pode mais desfrutar dos seus direitos conjugais devido aos grandes danos aos seus órgãos sexuais". O valor pedido por Wekesa Wamalwa à federação queniana, cerca de US$ 240 mil, serviria para cobrir os gastos com seu tratamento médico.

Imprimir