Imprimir

Notícias / Educação

Aumenta o número de mulheres nos cursos de engenharia

G1

O número de alunas nos cursos de engenharia da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos aumentou nos últimos anos. Na Escola de Engenharia da USP, o número de mulheres cresceu 50% em oito anos. Na turma de calouros da engenharia civil UFSCar, elas representam 36% dos alunos. Esse aumento também reflete no mercado de trabalho, ja que, de acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea), entre 2005 e 2012, o número de mulheres credenciadas aumentou 142%.

Universidades
O curso de engenharia civil da UFSCar é coordenado por Eliane Viviani e ela não é a primeira mulher a ocupar o cargo. “Antes de mim foi um homem, anterior a ele foi uma mulher e anterior a ela também foi outra mulher. Todas engenheiras”, afirmou.

Para a estudante Bruna Mazola, as boas oportunidades de emprego são atrativos do curso. “O mercado agora está bem aquecido, então, acho que estágio vai ser fácil para conseguir e trabalho, futuramente, também vai ser mais fácil”, disse.

Segundo Bruna, a diversidade de pensamento e ação entre homens e mulheres só enriquece. “Ajuda a introduzir uma nova visão de mundo, porque os homens têm uma visão diferente das mulheres a respeito dos assuntos. Acho que ajuda a melhorar a situação no ambiente de trabalho”, declarou.

Na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da (USP), em algumas graduações, como engenharia ambiental, elas já são maioria. Segundo Eduardo Morgado, presidente da Comissão de Gradução da USP em São Carlos, as mulheres levam vantagem em alguns pontos. “Em geral, a aluna é mais organizada, às vezes até mais compenetrada”, declarou Morgado.

Mercado
Formada há 25 anos, a engenheira civil Laize Guimarães, estudou em uma turma com apenas três mulheres. “Nas outras turmas tinha uma ou duas e nós nos destacávamos por sermos três”, contou.

Além desta mudança, a engenheira disse que não era comum a presença de mulheres nos canteiros de obras, que muitas optavam para a área de projetos. “Hoje eu acho que é muito mais fácil uma mulher chegar numa obra e tocar uma obra. Existia certa restrição de ser uma mulher engenheira, hoje em dia é muito mais comum, o mercado é crescente”, afirmou Laize.

Imprimir