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Air France estuda criar memorial para vítimas de voo 447
AFP
O diretor-geral Air France, Pierre-Henri Gourgeon, disse à emissora RTL que a companhia aérea estudar criar um memorial em homeangem às vítimas do voo 447. O Airbus-A330 da empresa fazia a rota Rio-Paris e caiu no oceano Atlântico no dia 31 de maio.
Ele não forneceu detalhes a respeito de como seria esse memorial e nem onde ele ficará.
Segundo Gourgeon, a Air France irá adiantar uma compensação de cerca de 17,5 mil euros (equivalente a R$ 47,2 mil) aos familiares de cada um dos 228 ocupantes do voo. Na quarta-feira (17), a Justiça do Rio concedeu a primeira indenização à família do passageiro Walter Nascimento Carrilho Junior, 42. Os parentes da vítima devem receber no próximo dia 30 um valor equivalente a 30 salários mínimos, pagos pela Air France.
"Na fase atual estaremos concentrados no primeiro adiantamento que será entregue a cada vítima, de cerca de 17,5 mil euros", disse o diretor-geral.
Em relação às críticas recebidas pela companhia aérea sobre a falta de informação aos parentes, Gourgeon afirmou que toda a companhia está mobilizada e que desde o início "se habilitaram todos os meios para estar em contato com as famílias e pessoas próximas às vítimas".
Segundo Gourgeon, o contato com as famílias de vítimas do voo 447 é dificultado pois algumas deixaram apenas números de telefone celular e muitos deles se perderam junto às bagagens dos ocupantes do voo.
"Em cada país temos um representante para as 32 nacionalidades diferentes envolvidas", disse o responsável da Air France-KLM, afirmando que "não há limite nos meios".
O objetivo principal, segundo ele, é o de encontrar as caixas pretas. Elas serão essenciais para se saber o que aconteceu com o Airbus da empresa.
Buscas
Destroços e bagagens do voo 447 da Air France chegaram por volta das 9h desta sexta-feira ao porto de Recife (PE), levados pela corveta Caboclo, da Marinha brasileira. As condições meteorológicas para busca e resgate não são boas hoje, segundo os militares.
De acordo com nota enviada pelos militares responsáveis pelas operações, a quantidade de material é expressiva e ficará à disposição da Comissão de Investigação francesa (BEA), órgão do governo francês responsável pelas investigações do acidente.