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Câmara reprova decisão do STF de derrubar diploma de jornalista

Da Assessoria - CMC

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sob Gilmar Mendes de derrubar a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista causou indignação nos vereadores pela Capital, Lúdio Cabral (PT) e Toninho de Souza (PDT). "Fiquei espantado com essa decisão do STF. A trajetória de pessoas que se dedicaram à essa profissão foi rasgada". Para o petista a determinação do Supremo representa um retrocesso para a imprensa brasileira, pois, ao contrário do que houve, deveria ser criado o Conselho Nacional dos Jornalistas, a exemplo de outras profissões, conforme defende a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a fim de manter um maior controle da informação.

Lúdio criticou ainda a argumentação infundada usada pelo STF para "liberar" a profissão, ou seja, agora qualquer cidadão comum pode ser jornalista. "Como se o diploma fosse cercear o direito à informação. Porém, a profissão de jornalista regulamentada assegura o direito à informação", avaliou. Explica que essa decisão abre um precedente para que em outras áreas ocorra o mesmo, como, por exemplo, na saúde, partindo da justificativa de que todos os cidadãos têm direito a cuidar da saúde e, desse modo, qualquer um pode se achar no direito de exercer a função de médico, enfermeiro, ou qualquer outro cargo da saúde.

Profissional da Comunicação há vários anos, Toninho de Souza também demonstrou seu descontentamento com a atitude do STF. "Essa decisão do Supremo foi um nocaute à nossa profissão", criticou. Nesta quinta (18) a Fenaj divulgou seu "luto" contra o julgamento que, segundo ela, pôs fim a uma conquista de 40 anos dos jornalistas e da sociedade brasileira.
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