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Notícias / Ciência & Saúde

Estima-se que até 15 milhões de brasileiros sofram do mesmo transtorno da atriz Catherine Zeta-Jones

R7

A atriz Catherine Zeta-Jones, de 43 anos, deu entrada em uma clínica nesta segunda-feira (29) para tratar o transtorno bipolar, de acordo com o site TMZ. A vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por Chicago decidiu se submeter a um tratamento de 30 dias para prevenir a piora de sua doença.

"É uma medida pró-ativa, de manutenção", explicou uma testemunha anônima ao site. A atriz já passou uma temporada em uma clínica de saúde mental em 2011 devido ao transtorno bipolar tipo 2. De acordo com a Sociedade Brasileira de Psiquiatria, esta espécie é caracterizada pela alternância de depressão e episódios mais leves de euforia - hipomania.

Segundo o Instituto Nacional da Saúde dos Estados Unidos, essa doença se caracteriza por períodos alternos "de níveis elevados de energia e impulsividade, que não são tão extremos como a mania", seguidos por "episódios de depressão".

A doença

Transtorno bipolar é doença psiquiátrica em que a pessoa varia entre períodos de depressão e euforia. Só no Brasil, de acordo com a sociedade, estima-se que de dois a 15 milhões de pessoas sofram deste transtorno.

A mortalidade dos portadores de transtorno bipolar é elevada, e o suicídio é a causa mais frequente de morte, principalmente entre os jovens. Estima-se que até 50% dos portadores tentam o suicídio ao menos uma vez durante a vida e 15% efetivamente cometem.

Também doenças clínicas como obesidade, diabetes, e problemas cardiovasculares são mais frequentes entre portadores de transtorno bipolar do que na população geral. Além disso, segundo a Sociedade Brasileira de Psiquiatria, a associação do transtorno bipolar com a dependência de álcool e drogas agrava o curso e o prognóstico da doença

O início dos sintomas na infância e na adolescência é cada vez mais descrito e, em função de peculiaridades na apresentação clínica, o diagnóstico é difícil. Não raramente as crianças recebem outros diagnósticos, o que retarda a instalação de um tratamento adequado. Isso tem consequências devastadoras, pois o comportamento suicida pode ocorrer em 25% dos adolescentes portadores.

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