Com discursos afinados, secretários de Fazenda e de Administração proferem em uníssono que a necessidade do estado em diminuir os gastos com pessoal é legítima, mas que isto não deve interferir na capacidade do governo em atender a população. A nomeação de 544 servidores, publicada na quinta-feira (02) no Diário Oficial que circula nesta sexta (03), parece ir de encontro ao primeiro objetivo da administração (a de reduzir gastos com o funcionalismo).

Veja no link abaixo, a parti da página 13, o nome dos convocados.

Governo convoca 544 servidores aprovados em concurso

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Para o responsável pela segunda pasta, Francisco Faiad, a matemática é simples de se resolver. “A redução de gastos com pessoal já está em andamento, com a reformulação do MT Saúde e com a proposta de unificar os fundos de previdência; no entanto não podemos deixar de atender o cidadão com os serviços essenciais prestados por secretarias como da Educação, Saúde e Segurança Pública”.

Para o de Fazenda, o cálculo não se apresenta tão minimalista. Durante audiência pública realizada na semana passada, Marcel Souza de Cursi se mostrou alarmado com o crescimento dos gastos com pessoal, de 14,8% em 2012 em relação a 2011. Cursi alertou que o governador Silval Barbosa (PMDB) estipulou meta de redução destes gastos pela metade. “A despesa com pessoal de um governo não pode ser superior ao crescimento de sua receita própria”, sentenciou o secretário.

Dados da Secretaria de Administração (SAD) revelam que o impacto na folha de pagamento será de quase R$ 7 milhões este ano com a incorporação dos 544 servidores. Porém, a nomeação destes servidores – a maioria de agentes prisionais, não objetivará a substituição de servidores comissionados e contratados.

A nomeação deve complicar a vida – em algum momento da atual gestão, dos servidores da Secretaria de Fazenda que labutam para equilibrar as contas do Estado. “A redução visa evitar déficit previdenciário que pode chegar a R$ 600 milhões em 2013, valor quatro vezes maior ao registrado em 2012, quando o rombo foi de R$ 150 milhões”, asseverou Cursi.

Sistema Prisional

“O Sistema Prisional é o maior beneficiado, são mais de 300 agentes; o restante são advogados, analistas de sistemas, contador, assistente de administração, fiscal agropecuário, engenheiros, economistas, jornalistas, agentes de trânsito, entre outros”, informa matéria de assessoria divulgada pela SAD.

Com os 544 chamados, sobe para 15.569 o número de classificados chamados pelo Governo.

Atualizada às 16h13