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Procurado por matar gay no RJ tem antecedentes de violência, diz polícia

G1

A polícia informou que Hélio Galdino Vieira, apontado como o assassino de Eliwellton da Silva Lessa, de 22 anos, já havia antecedentes criminais por ameaça, violência doméstica e desacato à autoridade. Ele é suspeito de atropelar três vezes e matar o jovem. O crime teria sido motivado após uma briga. Amigos da vítima dizem que a confusão foi provocada pelo fato de Eliwelton ser homossexual. O crime ocorreu em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

A Justiça já decretou a prisão temporária de Hélio Vieira, que continua foragido. De acordo com o delegado Rudolph Bruno, da 74ª DP (Alcântara), a polícia foi neste sábado (4) até a casa do motorista, além do ponto de vans onde ele costumava trabalhar. O suspeito tinha quatro endereços cadastrados no sistema policial. Segundo o delegado, os parentes de Hélio não deram nenhuma pista sobre o seu paradeiro.

No dia do crime, o suspeito dirigia uma van pirata. A vítima chegou a ficar internada no Hospital Estadual Alberto Torres, no Colubandê, mas morreu na quinta-feira (2). Ele teve a coluna quebrada em três lugares, fraturou três costelas, quebrou a bacia e teve o pulmão perfurado.

Como aconteceu o crime


De acordo com informações da Polícia Civil, Eliwelton e dois amigos, todos homossexuais, passavam pela Estrada Raul Veiga, no bairro Alcântara, quando o suspeito, que ajudava um carroceiro, provocou os três, jogando beijinhos. Eliwelton, que media 1,85m e pesava cerca de 100 quilos, se irritou com o gracejo e agrediu o suspeito com socos, aplicou-lhe uma gravata e rasgou sua camisa.

O homem, então, foi até uma van e pegou uma barra de ferro para revidar a agressão, mas de acordo com a polícia foi impedido por outras pessoas que estavam na rua. Cerca de 30 minutos depois, ele reapareceu dirigindo a van, invadiu a calçada, atropelou Eliwelton três vezes e fugiu.

Protesto em enterro
O enterro de Eliwelton foi seguido de um protesto dos amigos do rapaz, na tarde de sexta (3). Os manifestantes, que chegaram a ser contidos com spray de pimenta por policiais militares por obstruírem uma rua, pediram justiça e que o atropelador do rapaz seja encontrado.

"Ele (motorista) vai ter que pagar pelo que ele fez. A gente acabou de enterrar uma pessoa que era ótima", disse o amigo Bruno Salles.

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