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Liderando 18 municípios, Percival nega cunho político em ‘briga’ com Governo

De Rondonópolis - Karoline Garcia / Agência Pauta Pronta

À frente de um grupo de gestores e representantes de 18 municípios da Região Sul de Mato Grosso na manhã desta terça-feira (7), o chefe do Executivo Municipal de Rondonópolis, Percival Muniz (MD), abriu seu discurso enfatizando que a iniciativa em reunir os líderes e anunciar medidas contra decisões adotadas pelo Governo do Estado não tinham cunho político partidário.

Pertencente ao grupo político do senador, e pretenso candidato à vaga de governador do Estado, Pedro Taques (PDT), Percival Muniz é apontando como um substituto natural de Taques na virtual disputa pelo Governo em 2014, tanto pela representatividade do município administrado por ele – segunda maior economia do Estado – quanto pelo chamado “poder de articulação” atribuído ao prefeito de Rondonópolis.

Para se ter uma ideia do “modelo agregador” adotado pelo socialista, tão logo ele assumiu a Prefeitura Municipal em janeiro deste ano, pela terceira vez, chamou e conseguiu adesão de militantes e vereadores do PMDB, por exemplo, partido que compôs a chapa adversária à dele nas eleições de 2012, quando o PMDB teve candidatura a vice-prefeita na chapa encabeçada pelo PR.

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Na condução da reunião que durou quase três horas nesta terça-feira na sede da Prefeitura, Percival Muniz ouviu todos os representantes dos municípios que foram ao encontro, ponderou sobre os temas debatidos, buscou manter o tom ameno e defendeu que o enfrentamento não seria a melhor opção.

“Essas medidas não têm cunho político. Até porque o governador não vai à reeleição, não será candidato novamente e não temos porque levarmos para o campo político-partidário”, ponderou Percival Muniz.

Porém, após manifestações favoráveis à iniciativa dele em ouvir todos os municípios - e ainda depois de ouvir críticas ácidas de prefeitos como o de Paranatinga, Vilson Pires, que criticou a situação das estradas estaduais que o município está tendo que manter - do encontro liderado por Percival ficou definido que as prefeituras ingressarão ação na justiça contra medidas adotadas pelo Governo como redução nos repasses à saúde para as cidades e a forma de distribuição dos recursos oriundos do ICMS. Um embate judicial que deve refletir diretamente nas composições partidárias visando 2014.
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