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'Não queremos Big Brother", diz Alckmin sobre instalação de câmeras em escolas da rede estadual

R7

Até 2014, todas as escolas administradas pelo governo do Estado de São Paulo estarão inseridas no sistema de monitoramento da rede pública, segundo informou o governador Geraldo Alckmin (PSDB) nesta quarta-feira (8).

Falando a professores e jornalistas, Alckmin afirmou que a medida é parte de um investimento total de R$ 31,2 milhões, do qual faz parte o Sistema de Proteção Escolar. O governador declarou também que o objetivo não é transformar as escolas em um reality show, mas sim oferecer segurança para alunos, professores funcionários das instituições.

Na prática, serão vigiados cerca de 2,3 milhões de alunos, além de equipamentos como computadores e o patrimônio público escolar. Nesta quarta, o governador anunciou a instalação de câmeras em 597 escolas da rede estadual em oito sedes de diretoria de ensino da rede pública. A ação faz parte do Sistema de Proteção Escolar e terá custo anual de R$ 7,65 milhões.

Também estiveram no encontro o secretário de educação, Herman Voorwald, e a coordenadora de proteção do sistema escolar, Beatriz Graeffi.

A coordenadora do sistema explicou que o arranjo de câmeras e alarmes está ligado a centrais de controle.

— Hoje são quatro centrais. Com a ampliação do sistema, com mais 597 câmeras, teremos mais uma central.

Para a ampliação anunciada nesta quarta-feira, a previsão é de um investimento de R$ 7,6 milhões, que amplia a vigilância eletrônica nas escolas de 1.500 unidades para 2.164.

A licitação para a compra dos equipamentos está marcada para o segundo semestre deste ano e será feita pela FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação). Já a fase de instalação da nova leva de câmeras e alarmes será feita entre o final do ano e início de 2014.

Segundo o governador, também já está autorizada a liberação de recursos para as cidades de Campinas, São Vicente e Santos, além da Grande São Paulo.

Funcionamento do sistema

Graeffi, que apresentou o sistema à equipe do governador, explicou como se dá a integração do sistema.

— É um sistema de câmeras e alarmes ligado a uma central de controle. O sistema grava imagens dos corredores e não há câmeras nas salas de aula. Os operadores não estão monitorando todas as câmeras a todo o momento. O sistema que avisa por meio dos sensores.

A coordenadora conta que são quase diárias as invasões durante a madrugada e por isso é necessária uma equipe noturna para acionar a polícia quando preciso.

Para usar como exemplo, ela mostrou filmagens da madrugada desta quarta-feira, nas quais um suspeito aparece arrombando o portão de uma escola por volta das 3h35.

— As escolas têm cinco câmeras nas principais áreas de circulação.

Alcance do sistema

O sistema foi introduzido a partir de 2011 em 1.567 escolas da rede de ensino público estadual e mais 20 diretorias com um custo anual de R$ 19,3 milhões. Agora, além das quase 600 escolas que serão incluídas no sistema, mais oito diretorias serão equipadas.

As cidades da Grande São Paulo que receberão câmera são: Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Suzano.

Campinas, Jaguariúna, Valinhos e Vinhedo são as primeiras a serem vigiadas, segundo a programação do Governo do Estado, com 176 escolas. Na Baixada Santista, Bertioga, São Vicente, Cubatão, Mongaguá, Guarujá, Peruíbe, Praia Grande e Santos receberão R$ 2 milhões ao ano para o sistema de segurança.
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