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Relatório aponta uso de napalm pelo Exército contra Guerrilha do Araguaia

G1

A Comissão Nacional da Verdade (CNV) divulgou nesta quinta-feira (9) relatório que mostra que as Forças Armadas do Brasil podem ter usado bombas napalm, mistura de gasolina e resina, contra guerrilheiros do Araguaia na década de 70. A substância química napalm foi desenvolvida na Segunda Guerra Mundial e utilizada como armamento durante a Guerra do Vietnã.

Cláudio Fonteles, integrante da Comissão, encontrou no Arquivo Nacional de Brasília o relatório de apoio aéreo, elaborado em novembro de 1972, quando o Exército começou a combater os guerrilheiros do Araguaia. Segundo o relatório, os militares usaram bombas napalm em três áreas.

“As missões pretendidas pelo CMP [Comando Militar do Planalto] aqui mencionadas no item 1 foram executadas no decorrer das operações; há a acrescentar àquele repertório o bombardeio de três áreas com bombas napalm e de emprego geral”, diz o relatório elaborado pelo tenente-coronel Flarys Guedes Henriques de Araújo.

No relatório, também há a descrição de estratégias de combate utilizadas pelas Forças Armadas. Nas duas primeiras campanhas militares no Pará, em 1972, a cúpula militar enviou tropas convencionais para tentar eliminar a guerrilha. Depois, em 1973, os comandantes decidiram enviar grupos especiais de combate.

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