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Muricy exalta Tite e nega clima tenso para final: 'Não quero atleta pilhado'

Globo Esporte

Muricy Ramalho e Tite serão adversários nas finais do Campeonato Paulista. O técnico do Peixe, no entanto, deixa a rivalidade de lado para falar do treinador alvinegro. O santista vê o adversário como um dos melhores do Brasil e destaca a opção da diretoria do Timão de manter o comandante mesmo após a eliminação da equipe do Parque São Jorge para o Tolima, ainda na fase preliminar da Taça Libertadores da América de 2011.

– Claro que é mérito do treinador, pois para ficar tanto tempo em um time, ele tem de ganhar. Mas no caso do Tite, lá atrás, temos de lembrar do Andrés, que em um momento ruim do clube, de pressão, quando todos pensavam o contrário, ele manteve o técnico e está aí o resultado: campeão de tudo e um dos melhores do país. É tudo um conjunto – avaliou.

Para Muricy, tal postura é sinal de que as coisas estão mudando no futebol brasileiro, principalmente na maneira como os dirigentes estão administrando os grandes clubes do país.
Não sou técnico que faz palestra muito dura, principalmente motivacional. Não somos preparados para isso"
Muricy Ramalho

– Os dirigentes estão mudando, e acho que para melhor. Esperamos que isso sirva de exemplo para outros. Caso contrário, a qualquer hora troca (o treinador) e muda tudo o que foi planejado. E a gente já viu que isso não funciona. Temos exemplos de fora, com treinadores há muitos anos nos clubes e com grande sucesso – completou.

Não é só para analisar Tite que Muricy deixa a rivalidade entre Santos e Corinthians de lado. O treinador descarta utilizá-la como estímulo para os seus comandados na preleção do clássico, mesmo se tratando da primeira decisão entre os clubes desde a semifinal da Libertadores do ano passado. A ideia é que os jogadores entrem em campo apenas concentrados.

– (A rivalidade) É boa como acontece, dentro de campo, porque daí aparecem grandes jogos. É legal, faz parte do futebol. Mas estimular é uma palavra perigosa. Não sou técnico que faz palestra muito dura, principalmente no lado motivacional. Nós, técnicos, não somos preparados para isso. Você pode passar da conta, daí o cara entra em campo e é expulso. Não gosto que jogador meu fique desse jeito. Tem de ser bem orientado, saber quem é o adversário, ter a cabeça no lugar – concluiu.
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