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Com união de cidade e torcida, Nereu Martinelli mira acesso do JEC à elite

Globo Esporte

“É preciso que haja uma força para isso, um movimento da cidade, do clube e da torcida”. É com esta união que o presidente do Joinville espera conseguir levar o clube de volta à Série A do Brasileiro. Para isso adota algumas ações para resgatar uma relação que esteve estremecida após turbulências e problemas estruturais. Medidas que irão alterar, na visão do mandatário, o patamar do clube para uma gestão que tenha uma participação maior das arquibancadas.

Entre as mudanças já em funcionamento, está o aumento no valor de ingressos para induzir à adesão de novos sócios. A medida aos poucos começa a dar resultado. Em pouco mais de duas semanas o clube conseguiu quase dois mil sócios antes do duelo contra o Santos, pela segunda rodada da Copa do Brasil. Na ocasião, a diretoria elevou os preços nas entradas do jogo que teve como principal atrativo o craque Neymar e deixou aberto a possibilidade de novos sócios até 24h ante do jogo.

— Um dia antes do jogo contra o Santos, fechamos com 9 mil e 70 sócios. Estes todos estão em dia do clube. E nós esperamos aumentar isso, incluindo o projeto da Ambev, nós pretendemos chegar a 15 mil sócios — diz Martinelli.

Alternativas encaradas pelo presidente como um reflexo de uma gestão profissional que precisa do torcedor para ter uma rendimento fixo e um caixa mais cheio para a administração da estrutura do clube e também para auxiliar em pagamento de salários e novos reforços para o grupo tricolor.

— Com isso (mais sócios) a gente garante uma arrecadação independente é a certeza de cofre mais cheio. Além disso, vão sobrar poucos ingressos para serem negociados e nós vamos fazer um aumento para induzir ao crescimento de sócios. No final das contas, irá valer mais ser sócio do JEC do que ir a dois jogos do clube no mês — exemplifica.

O valor atual para o sócio do JEC que senta nas arquibancadas descobertas da Arena Joinville é de R$ 48 mensais. Para os jogos da Copa do Brasil, caso passe do Santos, e também para a Série B será de R$ 50 por partida nas arquibancadas descobertas. Isso está definido pelo clube que quer que o torcedor perceba o benefício de enxergar que, ao se associar, poderá assistir a todo jogo do clube em casa sem ter de pagar a mais por isso, além dos R$ 48.

— Vamos fazer a mesma coisa na Série B (aumento). Nós só não vamos subir o valor das cadeiras. O valor da descoberta será R$ 50, R$ 60 e R$ 70. Em jogos, por exemplo, contra o Palmeiras, vamos subir um pouco, afinal, o torcedor deles irá querer vir. Em uma conta simples é possível ver que vale mais a pena para o torcedor do JEC ser sócio mesmo que não vá a todos os jogos — explica.

Com isso, se tiver sempre a certeza de casa cheia em dias de partidas na Arena, o clube terá um fluxo contínuo em seu caixa além dos recursos provenientes de patrocinadores em camisa. Isso dará, segundo vê Martinelli, uma segurança para a saúde financeira do Joinville. Ao consolidar um número próximo a 15 mil sócios, o mandatário prevê uma maior facilidade na manutenção de elenco e também na possibilidade de trazer reforços. Com isso, o foco passará a ser a busca por uma vaga à Série A.

— Olha o esforço que estamos fazendo, ao trazer um atleta de Série A (Wellington Bruno). Nós tivemos a ajuda de um patrocinador, que irá pagar parte dos salários. Então, não é possível que um clube de uma cidade que tenha 500 mil habitantes, tenha apenas 9 mil sócios. Nós queremos levar o Joinville para a Série A, esse é o objetivo, não temos dúvidas disso. Porém, é preciso que haja uma força para isso, um movimento da cidade, do clube e da torcida. É evidente que o objetivo é subir para a Série A. Temos condições para isso — acredita Martinelli.

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