Imprimir

Notícias / Educação

Ministro defende nova redação dada ao Plano Nacional de Educação

R7

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu nesta terça-feira (14) a nova redação dada ao PNE (Plano Nacional de Educação). O governo desistiu de lutar contra a meta especificada no projeto de destinar 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para educação e agora aposta em uma manobra contábil para maquiar a conta.

O novo parecer do relator, senador José Pimentel (PT-CE), altera a redação aprovada na Câmara dos Deputados que previa 10% de investimento federal em educação pública. O novo texto fala em "investimento público em educação".

Para Mercadante, o parecer do relator, construído em conjunto com o MEC (Ministério da Educação), é compatível com a Constituição e permite que programas do governo federal como o ProUni, o Pronatec e o Ciência sem Fronteiras se mantenham.

— Vamos manter o conceito e definir o que é educação pública, não necessariamente estatal.

Nesta terça-feira, o ministro participou de audiência pública na Comissão de Educação do Senado.

Mercadante manteve o discurso contrário à destinação de 10% do PIB para educação.

— Não basta o Congresso dizer que precisa ter uma meta de investimento. Tem que dizer que onde virá o recurso.

Nos bastidores, o Planalto trabalhou contra os 10%. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a dizer que o PNE ia "quebrar" o País. O governo, contudo, mudou de estratégia e optou por aderir à campanha, ressaltando a necessidade de garantir a fonte de financiamento. Mercadante insistiu nos royalties do petróleo como um caminho para a obtenção de investimentos em educação.

— Tem que dizer de onde vai vir o dinheiro. O salto que o Brasil precisa tem que ter uma fonte sólida e só vejo essa: os royalties do petróleo.

Outra mudança sugerida por Pimentel no texto diminui cobranças sobre a presidente Dilma Rousseff, caso ela seja reeleita ano que vem. A redação que saiu da Câmara estabelecia uma meta intermediária de 7% do PIB no quinto ano de vigência do PNE e a 10% no final do decênio. O Senado, contudo, suprimiu a meta intermediária.

O Plano Nacional de Educação estava na pauta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) desta terça-feira, mas a votação foi adiada por um pedido de vista coletivo.
Imprimir