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'Era Muricy': três Brasileiros e decepções na Taça Libertadores e no Paulistão

GloboEsporte

De volta ao São Paulo desde janeiro de 2006, Muricy Ramalho encerrou, nesta sexta-feira, seu trabalho como técnico no clube. O fim da "era Muricy" aconteceu com a dispensa do comandante por causa da eliminação do time na Libertadores , na derrota para o Cruzeiro por 2 a 0, no Morumbi, na última quinta. Em três anos e meio, o treinador conquistou três títulos brasileiros e foi eleito sempre o melhor na função pela competição nacional, mas amargou quatro decepções na competição continental.



Muricy é o quarto técnico que mais comandou o clube na história, ficando atrás apenas de Vicente Feola (524 jogos), Jose Poy (421) e Telê Santana (410). Com 360 jogos à frente do Tricolor, ele teve duas passagens: na primeira era auxiliar de Telê, mas comandou o "expressinho", conquistando a Conmebol de 1994. Nesta segunda, dirigiu a equipe em 252 partidas, com 139 vitórias, 67 empates e 46 derrotas.

É dele a marca de mais jogos na Libertadores pelo São Paulo: foram 40 em quatro edições, contra 30 em três de Telê. Mas Muricy foi eliminado em todas no mata-mata. Em 2006, perdeu a final para o Internacional . Em 2007, caiu diante do Grêmio nas oitavas de final. No ano passado, perdeu para o Fluminense nas quartas, no Maracanã, justamente com um gol de Washington, nos minutos finais. E agora o revés foi contra o Cruzeiro. 

Em 2006, além do vice-campeonato na Libertadores, o São Paulo ficou em segundo lugar no Paulistão por pontos corridos, vencido pelo Santos . O Tricolor perdeu ainda o título da Recopa, disputado em dois jogos entre o campeão da última Libertadores e o vencedor da Copa Sul-americana, que era o Boca Juniors. Os argentinos ficaram com a taça. A volta por cima veio com o título brasileiro, conquistado com duas rodadas de antecipação (assista ao vídeo). 

Em 2007, o Paulistão passou a ter semifinais e finais, após primeira fase por pontos corridos. O Tricolor foi eliminado pelo São Caetano, com empate por 1 a 1 no primeiro jogo e derrota por 4 a 1 no Morumbi.

A queda na Libertadores para o Grêmio pressionou Muricy, que foi mantido no cargo pelo presidente. Novamente, a resposta apareceu com mais um título brasileiro, desta vez com quatro rodadas de antecedência.

Em 2008, O clube contratou jogadores de nome, como Adriano e Carlos Alberto só para a disputa da Libertadores. No Paulistão, a eliminação veio diante do Palmeiras , nas semifinais, com direito a gás no vestiário tricolor no Palestra Itália, em caso que nunca ficou esclarecido. Na competição continental, a queda foi diante do Fluminense, no Maracanã, nas quartas. A história se repetia. E Muricy, que chegou a ter o time 11 pontos atrás do líder Grêmio, conseguiu levar o Tricolor ao tricampeonato inédito, que registrou o sexto Brasileiro da história do clube (assista ao vídeo). A taça foi garantida no último jogo da competição, contra o Goiás, no Gama. Vitória de 1 a 0 dos campeões.

Este ano, o investimento foi total para a Libertadores. O clube contratou o carrasco Washington, além de Junior Cesar e Arouca, vice-campeões com o Fluminense na Libertadores. Renato Silva, Eduardo Costa, Wagner Diniz e Denis também chegaram. No Paulista, mais uma decepção: eliminação para o Palmeiras novamente. E, na competição continental, a derrota para o Cruzeiro decretou o fim da "era Muricy".

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