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Após ser chamado de 'chefe de quadrilha', Garotinho abre sigilos

G1

Um dia após ter sido chamado no plenário da Câmara de “chefe de quadrilha”, o líder do PR, deputado Anthony Garotinho (RJ), subiu à tribuna em meio à votação da MP dos Portos para colocar à disposição do líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), e dos colegas seus sigilos bancário, fiscal e sua declaração de bens.

Na noite anterior, Garotinho e Caiado discutiram asperamente depois que o líder do DEM pediu esclarecimentos sobre uma suspeita de que o colega teria tumultuado, a pedido da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, a primeira tentativa de votar a MP.

Durante a discussão, Caiado chamou Garotinho de "chefe de quadrilha". Garotinho reagiu afirmando que os “fracos” apelam para a “violência”.

Na madrugada desta quinta, diante do plenário que assistia em silêncio, Garotinho foi à tribuna com documentos e uma declaração na qual abria mão dos sigilos.

“Prove as palavras que disse ontem [terça] aqui. Se vossa excelência achar que estava em uma noite infeliz, como todos os homens podem estar, vossa excelência pode também se desculpar. Fica com a consciência de vossa excelência. Agora, não vou levar para casa o que não sou”, disse Garotinho, olhando para Caiado, que assistiu ao pronunciamento de pé, atrás do presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN).

Em seguida, sem se desculpar, Caiado foi à tribuna e afirmou que fez as acusações contra o líder do PR por ter ficado indignado com a sugestão de Garotinho de que o DEM teria ligações com o banqueiro Daniel Dantas, dono do Grupo Oportunity.

“Se excedi em alguma palavra, foi pela indignação com que recebi a sua fala, a maneira como atingiu o meu partido. Vamos ter um outro debate, de conteúdo, de ideias, de propostas. Desse jeito, conviveremos bem”, afirmou.
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