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Irã expulsa jornalista por dar "informações falsas"

EFE

As autoridades iranianas decidiram hoje expulsar o correspondente da "BBC" John Leyne, que tem 24 horas para deixar o país, informou a agência de notícias iraniana "Fars".
O jornalista da rede britânica foi acusado de dar "informações falsas", "não manter a objetividade", "colocar lenha nos distúrbios" e desrespeitar o código de ética da profissão.

A expulsão do correspondente se soma a medidas como o cancelamento das credenciais concedidas a jornalistas estrangeiros ou a repórteres iranianos contratados por meios de comunicação internacionais.

No Irã, também está proibida, por ordem do Governo, a cobertura jornalística das manifestações que denunciam fraudes nas eleições presidenciais do último dia 12, vencidas pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Hoje, o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores do Irã, Hassan Qashqavi, voltou a acusar a imprensa britânica e americana de alimentar os confrontos e os protestos que há em mais de uma semana agitam o país.

Em declarações à imprensa local, Qashqavi disse que o contato com jornalistas desses dois países, mesmo que por e-mail, é um crime contra a segurança nacional.

"A ''Voice of America'' e a ''British Broadcasting Corporation'' (''BBC'') são canais do Estado. O orçamento deles é aprovado pelo Congresso americano e pelo Parlamento britânico. São porta-vozes de seus respectivos Governos", afirmou.

Segundo o porta-voz, os dois veículos buscam perturbar a unidade do Irã e estimular a desintegração do país.

"Qualquer tipo de contato com estes canais através de e-mail ou telefone atenta contra da soberania nacional e é um ato de animosidade contra a nação iraniana. Estes canais estão atuando como motores nos distúrbios pós-eleitorais", ressaltou.
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