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Enviar para amigos Comentar Local onde chão cedeu em baile funk no RS não tinha alvará

Terra

O prédio onde parte do chão cedeu e deixou quase 100 pessoas feridas durante um baile funk na madrugada deste domingo em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, não tinha alvará de funcionamento. A última autorização para o local funcionar como casa noturna havia sido emitida em 1990, segundo a prefeitura da capital gaúcha.

O chão do estabelecimento, localizado no segundo andar de um prédio na Av. Protásio Alves, no bairro Jardim, na zona norte de Porto Alegre, cedeu por volta das 3h40. Cerca de 50% das vítimas são menores de idade, segundo o Serviço de Urgências da secretaria municipal de Saúde. Cinco pessoas passaram por cirurgias e estão internadas em estado grave.

Mesmo sem o álvara, o local sediava festas três vezes por semana - sempre as quartas, sextas e sábados. "O que mais nos impressiona é que, mesmo funcionando de forma clandestina por muito tempo, nós nunca recebemos uma denúncia", afirma o assessor da secretaria da Indústria e do Comércio, Ocimar Pereira.

No início da tarde deste domingo, o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, compareceu ao local do acidente. Ele foi acompanhado de uma equipe da secretaria de obra. O prédio, onde funciona uma agência dos Correios no primeiro andar, foi interditado pela prefeitura.

Causas do acidente ainda são desconhecidas
O número total de pessoas que estavam na festa ainda é desconhecido. Um levantamento preliminar da Polícia Militar aponta entre 200 e 400, mas testemunhas afirmam que o número seria superior, podendo chegar próximo de 1 mil.

Técnicos da polícia técnica gaúcha começeram na manhã deste domingo o trabalho de perícia no local, na tentativa de descobrir as causas do desabamento. Uma das suspeitas é o excesso de pessoas na festa.

Cinco vítimas em estado grave
As vítimas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Militar e equipes de serviços móveis de urgência, além de veículos particulares. Elas foram encaminhadas para os hospitais Cristo Redentor e e HPS.

Hospital que atendeu a maior parte das vítimas, o HPS recebeu 71 pessoas. Às 13h, 28 ainda estavam em observação. De acordo com o coordenador do Serviço de Urgências de Porto Alegre, Sergio Schieffdecker, cinco delas estão em estado grave no bloco cirúrgico da unidade.

O Cristo Redentor atendeu outras 27 pessoas. "O primeiro ferido chegou ao HPS às 3h47. A partir deste horário, o HPS recebeu mais 70 e o Cristo Redentor as outras 27 pessoas, totalizando 98", confirma Schieffdecker.
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