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Funcionário denuncia falso roubo para encobrir desvio de R$ 15 mil de empresa

De Sinop - Alexandre Alves

A Polícia Civil de Tangará da Serra (239 km de Cuiabá) desvendou, nesta quarta-feira (22), um falso roubo denunciado por um funcionário de uma empresa de materiais de construção naquele município. O acusado, que trabalha no setor financeiro da loja, havia informado um suposto roubo de R$ 15 mil da empresa, no começo do mês de maio.

O funcionário da empresa foi indiciado pelos crimes de furto qualificado, mediante fraude e abuso de confiança, denunciação caluniosa e falsa comunicação de crime.

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A ocorrência do suposto assalto foi registrada na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), de Tangará da Serra. Segundo as informações, um homem em posse de uma arma de fogo teria invadido o departamento financeiro da empresa, rendido o funcionário e subtraído o dinheiro.

Nas investigações, policiais civis da Derf encontraram evidências de que o assalto não teria acontecido e que o funcionário simulou a situação para ocultar pequenos desvios de dinheiro feito por ele em dias alternados.

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“Como o sistema operacional da empresa estava prestes a mudar, o acusado precisava arrumar uma maneira de justificar a ausência do dinheiro que vinha furtando”, explicou o chefe de operação Edvaldo Tocantins, por meio da assessoria de comunicação da Polícia Civil.

A equipe de investigadores passou a desconfiar do assalto ao perceber que o setor financeiro ficava aos fundos da empresa e, na frente, funcionam os caixas, de onde nada foi levado. As funcionárias dos caixas foram ouvidas e disseram que não viram nenhuma pessoa suspeita entrando no setor financeiro.

Com informações da empresa e de testemunhas, policiais civis conseguiram localizar o suspeito. Em depoimento ao delegado da Derf, Vitor Chab Domingues, o acusado confessou o crime e alegou que precisava do dinheiro para pagar dívidas.

O funcionário estava com R$ 1 mil do dinheiro furtado e disse que vai vender um veículo para restituir os R$ 14 mil restantes ao dono da empresa. O acusado foi ouvido e posteriormente liberado por não estar em situação de flagrante.

Participaram das investigações os policiais civis Antenor, Lázaro e Edvaldo Tocatins.
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