Imprimir

Notícias / Esportes

Experiência de Kleina é trunfo para Verdão evitar surpresas na Série B

Globo Esporte

Adversários pouco conhecidos, viagens longas, estádios acanhados. Tudo isso – e mais um pouco – fará parte da rotina do Palmeiras a partir de sábado. Se a Série B do Campeonato Brasileiro se apresenta ao torcedor como incomum, o técnico Gilson Kleina conhece de perto os obstáculos da divisão. A experiência do treinador na competição é um dos trunfos do Verdão para evitar surpresas e confirmar o favoritismo em busca do retorno à elite nacional.

Até chegar ao Palmeiras, em setembro de 2012, Gilson Kleina rodou o Brasil por times de menor expressão. Seu currículo, até a passagem pela Ponte Preta, foi respaldado por campanhas em divisões inferiores. A Série B, aliás, colocou o treinador em evidência. Em 2011, ele liderou a Macaca no acesso à elite após seis tentativas frustradas. E Kleina chamou a atenção dos campineiros justamente na Série B do ano anterior, pelo Duque de Caxias, quando, com um elenco modesto, tirou o time da lanterna e o livrou do rebaixamento.

Na Ponte Preta, Gilson Kleina deixou o time no G4 em 37 das 38 rodadas. Recentemente, ele destacou a importância de figurar entre os primeiros desde o começo. Foi assim, na base da regularidade, que guiou a campanha da Macaca. Outra lição que pode ser tirada dos números da Ponte na Série B em 2011 é o retrospecto como mandante.

Em 19 partidas, foram 11 vitórias, cinco empates e apenas três derrotas, com um aproveitamento de 66,6%. Uma semelhança entre aquela Macaca e o atual Palmeiras é que os dois times tiveram de superar perdas de mando de campo. A Macaca precisou atuar em cinco jogos em Araraquara por conta da confusão no dérbi contra o Guarani, enquanto o Verdão mandará quatro jogos em Itu devido à punição do STJD pela briga da torcida contra o Botafogo, em Araraquara, na reta final do Brasileirão de 2012.

A bagagem de Kleina na Segundona pesou na decisão da diretoria em segurá-lo no cargo mesmo após o rebaixamento. A cúpula viu nele o perfil apropriado para montar um elenco com 'cara' de Série B. É verdade que o treinador chegou com a situação praticamente sacramentada e foi um dos poucos absolvidos pela queda.

É a segunda vez que o Palmeiras disputa a Série B. A primeira foi em 2003, quando conquistou o acesso e o título da competição com Jair Picerni - outro então acostumado a trabalhar nas divisões menores do futebol brasileiro. O torcedor espera que o desfecho se repita na atual temporada. Gilson Kleina está aí para tentar facilitar a caminhada. A fórmula ele já mostrou conhecer.
Imprimir