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Prefeito afirma que vai cortar salários de professores que não retornarem às aulas

De Sinop - Alexandre Alves

 O prefeito de Sinop, Juarez Costa (PMDB), disse nesta quinta-feira de manhã, em entrevista coletiva em seu gabinete, que os professores da rede municipal de ensino – que estão em greve há quase dois meses – que descumprirem a liminar do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e não retornarem ao trabalho terão seus pontos cortados nos salários.

Juarez ainda informou que os professores que insistirem na greve declarada ilegal pelo TJ poderão até serem demitidos do serviço público após instalação de processo administrativo.

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O gestor municipal atesta que, dos 42 itens elencados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (Sintep), 38 foram atendidos, entre eles a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), aumento da hora atividade e o pagamento do piso salarial nacional retroativo a janeiro.

A direção do Sintep já comunicou que vai prosseguir com a greve enquanto recorre da decisão do Tribunal de Justiça, dizendo que a greve está dentro da legalidade e o Poder Executivo não cumpre os acordos firmados com a categoria.

“O Sintep tem que respeitar os professores e repassar as corretas informações aos profissionais da educação. Queremos que a greve acabe. Se algum professor tem interesse em mais informações, venha conversar com o prefeito”, disse Juarez. Segundo ele, “o Sintep não permite que a imprensa participe de reuniões entre o Sindicato e a Prefeitura para tratar da paralisação”.

Servidores municipais estão em greve por tempo indeterminado

O peemedebista falou ainda que o limite da folha de pagamento está acima dos 52% e não há mais espaço para aumento de salário além do já ofertado. “Com a implantação do PCCS, a folha sobe todo o mês por causa dos ganhos verticais e horizontais. Há casos em que alguns professores saíram de R$ 1750 de salário para R$ 3050”, disse.

Juarez também condenou o que, segundo ele, seria um ato criminoso de integrantes do Sintep, que nesta quarta-feira (22) teriam agredido verbalmente servidores públicos da prefeitura e até mesmo alguns professores que pretender retornar às salas de aula.
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