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Diabéticos, hipertensos e míopes estão mais propensos a desenvolver o glaucoma

R7

Neste domingo (26), data em que se comemora o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, especialistas alertam que portadores de diabetes, hipertensos, míopes, pessoas acima de 40 anos ou com histórico familiar para a doença estão mais propensos a desenvolver o glaucoma, principal causa de cegueira irreversível (sem cura) no mundo.

Por não apresentar sintomas e ser caracterizado pela perda progressiva da visão, o glaucoma muitas vezes passa despercebida pelo paciente, o que não aconteceu com a designer Maria Alice da Silva Carl, de 64 anos. Ela decidiu intensificar os exames de rotina exatamente por ter dois parentes de primeiro grau com a doença.

— Há seis anos fui diagnosticada e iniciei o tratamento com colírios. Nunca senti nenhum sintoma, mas meu histórico familiar me colocava no grupo de risco para o glaucoma.

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De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Glaucoma no final de 2012 com mais de 2 mil brasileiros, um terço da população acima dos 40 anos nunca foi ao oftalmologista e 40% das pessoas desconhecem completamente o glaucoma.

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O oftalmologista Aldo Barcia, diretor-médico da Clínica de Olhos São Francisco de Assis, no Rio de Janeiro, explica que “as pessoas só se dão conta de que algo está errado quando a perda da visão já começou”.

— Para o paciente, o efeito do glaucoma é como se todo o seu campo de visão ficasse restrito a um buraco de fechadura. A visão periférica vai se estreitando até obscurecer a visão central e causar a cegueira.

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Por essa razão, a visita periódica ao oftalmologista é a maneira mais eficaz para prevenir a cegueira. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o glaucoma atinge 3 milhões de pessoas no mundo e cerca de 1 milhão de brasileiros.

A oftalmologista Luisa Aguiar, especialista em glaucoma no Centro Oftalmológico do Hospital São Vicente de Paulo, no Rio de Janeiro, adverte que “a medição da pressão ocular e o exame do fundo de olho ajudam a detectar o quadro”.

— Existem exames complementares que auxiliam no diagnóstico, sendo o de campo visual um dos mais importantes.

Uma vez diagnosticado, explica a médica, é fundamental iniciar o tratamento para controlar a pressão interna do olho e evitar a progressão da doença. Segundo ela, este controle é feito com o uso contínuo de colírios, medicamentos e, em alguns casos, cirurgias a laser.

— Vale ressaltar que a visão perdida não será recuperada. A cirurgia evita, apenas, futuras perdas visuais. Por isso, a prevenção é sempre o melhor remédio.
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