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Notícias / Educação

Prefeito programa desconto nos salários de professores e cobrará multa diária de R$ 20 mil

De Sinop - Alexandre Alves

O prefeito Juarez Costa (PMDB) não vai perdoar os professores grevistas da rede municipal de ensino em Sinop que insistirem em continuar de braços cruzados. Ele disse que já está programando os descontos dos dias parados no pagamento do mês de junho.

Juarez quer fazer valer a decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que já declarou a ilegalidade da greve dos professores – que já dura mais de um mês. O prefeito também disse que vai cobrar do Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública de Mato Grosso (Sintep) a multa diária de R$ 20 mil, determinada pelo TJ.

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“O povo não pode ver mais seus filhos fora da sala de aula. Todos [professores] receberam aumento de 6,2% e o retroativo, já pagamos tudo para os profissionais com vencimentos de até R$ 1.567. Para os demais profissionais o pagamento será feito em duas parcelas”, informou, em entrevista.

O gestor municipal disse que o desconto no salário dos grevistas só não será feito neste mês de maio, pois o cronograma de pagamento da folha já foi fechado e não há mais tempo para cálculos. Porém, segundo Costa, para junho não haverá perdão com os grevistas.

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Juarez conclama os professores para retornar às salas de aula, atestando que a prefeitura fez o que estava ao alcance para encerrar a greve e que atendeu 38 dos 41 itens solicitados pelo Sintep. “O que não foi possível atender é devido aos limites impostos pela Lei Orçamentária”, comenta Juarez.

O prefeito sinopense lamentou a postura do Sintep em não respeitar a determinação judicial para que os professores retornassem ao trabalho. O peemedebista ressaltou os avanços que a educação recebeu desde o início de sua gestão, com a implantação do Plano de Carreira, Cargos e Salários em maio de 2011. “Destinar os 25% da educação para salário, como vai se construir escolas? Como contratar novos professores?”, questionou.

Quanto à reposição de aulas, o prefeito afirmou que não permitirá que elas sejam feitas aos sábados, nem feriados. O Sintep, no entanto, continua afirmando que a greve continua.
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