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Obama reitera que não quer envolver EUA em problemas internos do Irã

Folha Online

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ressaltou nesta segunda-feira que o país não deve se envolver no movimento pós-eleitoral no Irã, apesar das críticas da oposição republicana.

Em entrevista exibida pelo canal CBS, Obama assegurou que a última coisa que desejaria é que os americanos fossem utilizados por "essas forças que buscam transformar lutas em uma discussão sobre os EUA".

"É isso o que eles fazem. Isso é o que sempre vimos, e não deveríamos entrar em seu jogo. Não devemos no converter em uma distração do que está ocorrendo no Irã, do fato de que são os próprios iranianos que estão fazendo escutar sua voz", explicou.

"Agora, a melhor coisa que podemos fazer é mostrar ao mundo os incríveis protestos que vimos", disse Obama, que, no entanto, exigiu ao governo do Irã que "detenha toda a violência e as ações injustas contra seu próprio povo".

Obama insistiu que a Casa Branca está acompanhando de perto os eventos, embora como um observador, apesar da insistência dos republicanos para que se envolva mais na defesa do movimento gerado no Irã desde as eleições presidenciais, realizadas em 12 de junho.

O Irã é cenário há mais de uma semana de manifestações e violentos enfrentamentos, que começaram após a divulgação do resultado da eleição presidencial que deu a vitória, por uma surpreendente maioria absoluta, ao presidente Mahmoud Ahmadinejad, fato que é questionado pela oposição.

O regime iraniano acusou os EUA e o Reino Unido de interferir nos assuntos internos do Irã e de fomentar os distúrbios.
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