Imprimir

Notícias / Economia

Setor produtivo terá crédito e incentivo tributário, diz presidente do BNDES

Folha Online

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, confirmou nesta segunda-feira que o setor produtivo de bens de capital ganhará medidas fiscais e financeiras (desoneração tributária e crédito) na próxima semana, quando o governo anuncia um pacote de ajuda para a indústria superar a momentânea falta de investimentos. Segundo ele, porém, as medidas serão restritas tanto no tamanho como na duração.

Segundo Coutinho, a situação em que se encontra o governo não permite grande ajuda ao setor. "Existem impactos fiscais que precisam ser calculados. A situação não está fácil. Há uma pressão grande sobre as contas fiscais. É preciso desenhar coisas consistentes", disse COutinho após participar de seminário sobre bancos públicos em São Paulo.

"Eu entendo que a Fazenda tem que ponderar para todos os lados." Os setores beneficiados devem ser os ligados ao investimento privado, especialmente que produz máquinas, já que, segundo Coutinho, alguns ramos dos bens de capital não estão passando por dificuldades --como os de "grandes obras viárias" ou de petróleo. "Tem que contemplar quem está realmente em dificuldades."
As medidas também deverão ser temporárias, segundo o presidente do BNDES, valendo até que as empresas voltem a investir normalmente. Para ele, isso deve ocorrer a partir do quatro trimestre deste ano.

Pequenas empresas

Coutinho rejeitou a hipótese de que o BNDES não dê um apoio consistente para pequenas e médias empresas. Ele disse que o banco deve emprestar para companhias deste porte um montante superior a R$ 20 bilhões só neste ano.

"O BNDES emprestou R$ 9 bilhões para pequenas empresas e R$ 11 bilhões para médias empresas. Neste ano, devemos ultrapassar os valores."

Ele lembrou ainda do desempenho do cartão BNDEs --que em sua opinião é a "prova do esforço do banco". Segundo ele, o serviço já soma 200 mil cartões, com aumento do limite de crédito e dos prazos de pagamento no início deste ano.
Imprimir