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Preconceito contra gays é alto, mas jovens aceitam melhor diversidade

Terra

Pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular mostra a opinião dos brasileiros sobre a equidade de direitos civis entre heterossexuais e casais de mesmo sexo. Disseram-se contrários aos homossexuais serem equiparados aos casais hetero no acesso a direitos civis, 38% dos entrevistados. As variações dos percentuais de acordo com faixas etárias não seguiram uma tendência padrão, apesar de ter sido identificada uma taxa mais elevada entre os brasileiros com idades a partir de 50 anos. Há uma maior prevalência de rejeição à ideia de universalização de direitos entre os homens que entre as mulheres.

Veja direitos conquistados pelos homossexuais

Essa tendência de aceitação pela população mais jovem parece ser resultado do crescimento do nível educacional e do aumento das discussões sobre o tema na mídia
Renato Meirelles diretor do Data Popular

Entre os homens, 47% dos entrevistados concordaram com a afirmativa "Sou contrário que casais do mesmo sexo tenham os mesmos direitos dos casais tradicionais", contra 35% das mulheres. Este mesmo índice (35%) foi identificado na faixa etária de 16 a 24 anos; de 25 a 34 anos, foram 32%; de 35 a 49 anos, 34%; e 50 anos ou mais, 47%.

Quando perguntados como seria o comportamento se tivessem um filho ou uma filha homossexual, 37% afirmaram que não aceitariam, de forma alguma. Os percentuais de rejeição são maiores de acordo com o aumento das faixas etárias, sendo, comparados à média geral, menores entre o público jovem e maiores entre as pessoas mais velhas. Também há maior rejeição entre os homens do que entre as mulheres.

A frase "Não aceitaria ter um filho ou uma filha homossexual" teve a concordância de 45% dos homens e 35% das mulheres. Entre jovens de 16 e 24 anos, 26% disseram que rejeitariam um filho homossexual. Na faixa etária de 25 a 34 anos, o índice foi de 33%; entre 35 e 49 anos, 37%; e 50 anos ou mais, 46%.

“Os números reforçam que o preconceito da sociedade para com os homossexuais existe, tanto dentro de casa, quanto fora dela. O que identificamos de favorável é que os mais jovens começam a aceitar melhor a diversidade”, afirma Renato Meirelles, sócio-diretor do Instituto Data Popular. “Essa tendência de aceitação pela população mais jovem parece ser resultado do crescimento do nível educacional e do aumento das discussões sobre o tema na mídia.”

Foram ouvidas 1.264 pessoas em todas as regiões brasileiras, no primeiro trimestre desse ano.
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