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Força Nacional de Segurança vai atuar em conflito indígena em Mato Grosso do Sul

Da Redação - Marcos Coutinho

 A Força Nacional de Segurança (FNS) vai acompanhar de perto os eventuais conflitos entre índios e produtores rurais no município de Sidrolândia, em Mato Grosso do Sul, por determinação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que atende pedido do governador do estado, André Puccinelli (PMDB).

O foco do conflito está na Fazenda Buriti, palco de agitações entre indígenas e produtores rurais, desde dezembro. Na última quinta-feira (30), um índio foi morto a tiros durante operação comandada pel Polícia Federal, de desocupação de uma fazenda. Um produtor rural foi a primeira vítima do confronto, mas a mídia deu pouco destaque ao fato. Ontem, mais um índio teria sido ferido.

A tropa federal será enviada para evitar novos confrontos no cumprimento da reintegração de posse a favor do proprietário da área (Guilherme Corrêa, 63). Os líderes indígenas se mantêm irredutíveis e chegaram a resgar a notificação judicial que determina a reintegração.

No total, segundo as agências de notícias, 110 homens da Força Nacional serão deslocados para a região. Eles começam a ser mobilizados ainda esta noite por via terrestre. Outra parte da tropa seguirá amanhã (quarta) de avião. O efetivo da Polícia Federal será ampliado no estado em função do acirramento dos conflitos.

Em Mato Grosso do Sul, a Força Nacional de Segurança vai estar submetida ao comando da Polícia Militar e a da Secretaria de Segurança. A situação não impedirá, por exemplo, que a tropa atue na desocupação da fazenda, caso a Justiça determine que a tarefa seja cumprida pelas forças policiais do estado.

“O governo espera o entendimento, faz um apelo a todas a partes envolvidas no conflito, na linha de que ninguém vai conseguir satisfazer direito acirrando conflitos, usando violência, não é essa a forma. Não é a violência a forma de resolver o conflito. Fazemos um apelo às lideranças de todos os envolvidos de que façam uma pactuação, não caiam na violência”, declarou Cardozo, em entrevista a Agência Brasil.

Atualizada às 07h36 de quarta-feira
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