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Notícias / Meio Ambiente

Minas Gerais lidera pelo quarto ano seguido ranking de destruição da Mata Atlântica

R7

O ritmo de destruição da Mata Atlântica segue em crescimento em Minas Gerais. O Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado pela Fundação SOS Mata Atântica na última terça-feira (4), aponta que 23.548 hectares (ha), ou 235 Km², foram perdidos entre 2011 e 2012.

Minas contribui com 50% da triste estatística: 10.572 hectares. Péssima notícia para o Dia Mundial do Meio Ambiente, lembrado nesta quarta-feira (5). Do total destruído no país, 21.977 hectares correspondem a desflorestamentos, 1.554 hectares a áres de restinga e 17 ha de mangues.

O levantamento, feito em parceria com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), aponta o crescimento de atividades predatórias no Estado. Pelo quarto ano seguido, MG lidera a destruição do bioma.

Mario Mantovani, diretor da Fundação, destaca que a SOS Mata Atlântica deve protocolar nos próximos dias um pedido de moratória para que o Estado de Minas Gerais não conceda mais autorizações para desmatamento em 2013 e revise os últimos contratos.

— A Mata Atlântica é o único bioma com uma lei específica. E as informações qualificadas e geradas periodicamente pelo estudo darão suporte para o acompanhamento do cumprimento de códigos ambientais.

O Ministério Público afirma que os desmatamentos são realizados por grandes empreendimentos e que a conduta ilícita de servidores da área ambiental contribui para a destruição, segundo Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador das Promotorias de Defesa do Meio Ambiente de Minas Gerais.

— Esse é só o início da nossa atuação integrada com a SOS Mata Atlântica. Temos um total de 18 inquéritos referentes a siderúrgicas, pois precisamos acionar não só quem desmata, mas também quem consome.

Outro lado

Procurada pela reportagem, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente afirma que ações do governo estadual ajudaram a recuperar 12.974 hectares do bioma. O Promata (Projeto de Proteção da Mata Atlântica) pretende chegar a 50 mil hectares até 2015, com a criação de corredores ecológicos. A fiscalização das áreas é coordenada pela Subsecretaria de Controle e Fiscalização Ambiental Integrada.

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