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Notícias / Agronegócios

Marfrig anuncia moratória à carne amazônica em pleito de Maggi

Da Redação C/Assessoria

O grupo Marfrig, em mais uma articulação do governador Blairo Maggi, anunciou hoje moratória a bovinos originários do bioma da Amazônia. O secretário Adjunto de Publicidade e Marketing, Júlio Valmórbida, disse que este é "mais um passo que o governador dá no sentido de mostrar que quer "contribuir mais para a política ambiental do país.

Em sua decisão comercial, a empresa se propõe a não adquirir, abater ou comercializar de imediato animais da área do ecossistema que tenha sido desmatada.
 
Diretores do grupo reuniram-se com o governador com a presença da Organização Não-Governamental (ONG) Aliança da Terra. A companhia é uma das maiores exportadoras de carne bovina do Brasil e da América do Sul e tem plantas em nove países diferentes.O Marfrig, um dos maiores frigoríficos do país, possuiu duas unidades de abate bovino em Mato Grosso, uma no município de Paranatinga, com abate diário de 2 mil cabeças e outra em Tangará de Serra com 1.800.
 
"Assim como já fizemos em outros setores da agricultura que têm relação direta com o desenvolvimento sustentável, buscamos um programa de pecuária legal no Estado de Mato Grosso. E o passo dado pela Mafrig a partir de hoje mostra que estamos no caminho certo", avaliou o governador Blairo Maggi.
 
Na reunião entre os executivos do grupo e o governo do Estado, ficou acordado ainda que a moratória terá validade até a implantação do programa MT Legal, que prevê a regularização ambiental das 140 mil propriedades rurais de Mato Grosso. "A entrada do produtor no MT Legal significará que, a partir desse momento, ele cumpre com todas as normas ambientais e, portanto, poderá comercializar normalmente sua produção", disse o governador Blairo Maggi.

De acordo com o presidente da Marfrig, Marcos Molina, a empresa se compromete a trabalhar em parceria com o Governo do Estado de Mato Grosso e com a sociedade brasileira em um programa de garantia de origem dos animais, ao promover a adesão dos seus fornecedores que fazem a engorda dos bovinos.

Impacto negativo

O anúncio da "moratória da carne" anunciada pelo Marfrig de não comprar mais carne de gado criado em áreas que foram desmatadas a partir de 2006 na Amazônia causou impacto nesta segunda-feira no setor produtivo de Mato Grosso.  Segundo a Associação dos Criadores de Mato Grosso ( Acrimat),  a enitdade apóia toda e qualquer ação de combate ao desmatamento ilegal, não só da Amazônia, como de todo território brasileiro, não aceita que o produtor, que cumpre a lei ambiental, seja discriminado.

O presidente da Acrimat, Mário Candia, disse ainda que devem ser identificados os produtores que criam gado em áreas desmatadas ilegalmente e divulgado para não causar injustiça com aqueles que estão dentro da lei “e vamos acompanhar todo esse processo de perto para orientar os pecuaristas”.
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